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Sabatina com José Alves Machado, candidato à presidencia do Paraná Clube

Por
Redação
04/11/2009 19:01 - Atualizado: 27/09/2023 16:21

Nesta quarta-feira a Gazeta do Povo acompanhou em tempo real a sabatina feita no prédio central do jornal com o candidato de oposição à presidencia do Paraná Clube, José Alves Machado. Participaram da entrevista o editor de esportes da Gazeta, Leonardo Mendes Júnior, os editores assistentes Rodrigo Fernandes e Sandro Gabardo, além dos repórteres Ana Luzia Mikos, Fernando Rudnick, Robson De Lazzari, Adriana Brum e Eduardo Luiz Klisiewicz.

Foram 45 minutos de perguntas e respostas que abordaram os mais variados temas, com ênfase dada pelo candidato aos planos de separar o social do futebol. A intenção de criar outras fontes de renda para tocar o time também foram abordadas, como a construção de uma churrascaria na sede da Kennedy, bem como a manutenção de parcerias e até uma tercerização do futebol profissional.

Nesta quinta-feira, a partir das 16h, você acompanha, também em tempo real, a sabatina com o candidato da situação, Aquilino Romani. O tempo destinado a ele também será de 45 minutos. Você poderá mandar suas perguntas durante a entrevista pela caixa de comentários do post. Até lá.

xxxxxx VEJA COMO FOI xxxxxx

Como você pretende entregar o Paraná em 2011?

Em bem melhores condições do que agora. Vamos trabalhar para deixar o Paraná num time administrável. Só espero que não venha outro depois de mim e o afunde de vez. Do jeito que esta, me preocupo de ver o Paraná terminar suas atividades em oito ou dez anos. Por isso temos que mudar agora.

Quem será o seu vice-presidente de futebol?

Temos aqui o Pedro Cavalcante, que tem um bom conhecimento. Ele vai se cercar de muita gente boa, como o Ari Marques, que até hoje não sei porque foi demitido.

Pedro Cavalcante: Vamos nos organizar. Ainda não temos os nomes, mas nem a outra chapa tem.

Como atrair o torcedor de volta para o estádio?

Quando houve a fusão, muita gente não gostou. Colorados e pinheiristas. A torcida não aumentou muito. O Paraná não amealhou a torcida do Colorado, por exemplo. Você nunca deixa de gostar do clube, mas as vezes não vai no estádio. E a torcida não vai quando o time não esta bem. É sempre assim.

Em dois meses, como lidar com esta situação: 20 jogadores com contratos terminando; abrir e ler a caixa preta das finanças do clube; e ainda sim buscar uma parceria para o futebol, para estrear em 15 ou 16 de janeiro?

Não é só isso. O Aurival comentou que não sabe como pagar o 13º salário. Como tocar o clube? Não temos grande conhecimento de clubes, mas entrar com um clube endividado é mais complicado. Quando me propus a ser candidato, não sabia que estava nessa situação. Sabia que era difícil, mas não assim. Quando vi, estava tudo pronto, panfletos e amigos mobilizados. Não posso dizer que me arrependi de ser candidado. Aprendemos com as dificuldades. Com elas se aprende a caminhar na vida.

O que o senhor tem de melhor que o Aquilino?

Acho que ele uma pessoa. Nenhum de nós nunca tocou futebol ou foi presidente. O Auríval também não era, o Miranda também não.

PERGUNTA DO LEITOR – Fábio Aurélio: você pretende manter o técnico Roberto Cavalo?

Isso é interessantíssimo. Muito interessante manter o Roberto Cavalo. Precisamos ainda verificar a situação financeira e negociar direto com ele.

De onde viriam os recursos do Paraná, caso não haja parceria?

Quando não se pode comer caviar, come-se polenta. Mas não estamos satisfeitos com a segunda divisão. Se não tivermos dinheiro, vamos pegar o pessoal das categorias de base, uns quatro experientes do elenco, chamar alguns empresários e montar o elenco. O Paranaense é um laboratório. Vamos tentar montar um bom time.

O Paraná tem um plano de voltar a ser donos dos seus jogadores?

Vamos analisar o contrato da BASE. Não sei como ele foi feito, mas é certo que o empresário investiu e precisa ter um retorno. Mas vamos analisar o contrato, tentar melhorá-lo e saber mais detalhes.

Cavalcante: Hoje o clube tem pouca porcentagem de alguns jogadores. É assim que eles vão nos deixar o clube.

Como você vê o atual momento político, com chapas desistindo e se unindo a outras?

Sempre fui favorável a fazer oposição. Mesmo que percamos, vamos continuar cobrando pelo melhor do nosso clube. Mas não uma oposição irresponsável. Sempre cobrando pelo bem do clube.

Alguma coisa estranha nos bastidores dessa composição?

Vamos saber das coisas mais tarde. O clube chegou a esse estágio não por minha culpa, mas por todos que geriram o clube até agora…

E a Vila Capanema. Quais seus planos para ela?

Ainda não sei como esta a questão judicial. Vamos aguardar para ver como as coisas vão acontencer.

Como o Paraná pretende participar da Copa do Mundo?

Por enquanto não temos nenhum projeto. Não temos estrutura para isso e falta até apoio político.

Como o senhor vê a parceria com a L.A. Sports?

É uma pena que eles estão querendo sair, pelo que sei por brigas com a torcida. Vamos tentar conversar com eles para tentar manter um laço para tentar reforçar o elenco.

O senhor falou em 20 mil sócios. Como chegar a esse número?

Sim, queremos essa marca. Mas somos reslistas. Estamos tentando encontrar soluções. Com a churrascaria, por exemplo, poderemos alavancar o número em apenas um ano. Esperamos 2 mil novos sócios nessa etapa.

Os clubes sociais tem perdido sócios atualmente e os clubes que tem sucesso aumentam o número por causa do futebol. O senhor acredita mesmo que o número de sócios aumente só pelo social?

Temos três parques aquáticos: na Kennedy, Boqueirão e Tarumã. Podemos levantar novos sócios para aproveitar essas estruturas. 20 mil sócios é uma marca otimista, mas acreditamos que podemos melhorar consideravelmente. O número caiu porque a crise financeira afetou o time diretamente. Os presidentes preferem ser campeões a investir no clube social. Não houve evolução intelectual dos dirigentes. Tivemos um boom de supermercados e shoppings, passatempo de muitos curitibanos, enquanto o clube ficou estagnado. Poderíamos ter um shopping dentro do clube, por exemplo, para ter o sócio nas suas dependências. Erramos durante anos e a dívida foi passando de mão em mão.

Nos últimos anos o futebol do Paraná acabou terceirizado, pois o clube tem cada vez menos participação nos direitos econômicos do jogador. Da para fazer alguma parceira que realmente beneficie o clube?

O nome Paraná Clube tem muito valor. Temos que ter cuidado com quem negociamos e vamos sentar na mesa para fazer um bom acordo. Ninguém quer pôr dinheiro porque gosta do clube. É complexa essa situação.

Mas quem é o grupo ou empresário que o senhor imagina em ser parceiro do Paraná?

Não temos ninguém a vista. Acreditamos que tão logo termine as eleições, vamos atrás de alguns parceiros. Vamos correr e nos virar para conseguir.

A chapa da situação, mesmo sem garantia de vitória, esta correndo atrás de reforços. O senhor disse que prefere esperar o resultado. Como vê esse favoritismo que a situação vem divulgando?

Esse trabalho que eles estão fazendo é producente. Eles são da área do futebol. Não acredito que se vencermos, eles deixem de ajudar. Vamos conversar com eles após as eleições.

Qual é dívida do Paraná hoje?

Em torno de R$ 7 milhões, eu acho. Foi o que o Aurival me disse. Parece que diminuiu, mas acho que é até mais que isso. Para salvar o futebol, o social acabou sofrendo e se endividando.

Você comentou sobre construir uma churrascaria?

Temos uma área de 600 metros perto da sauna. Podemos fazer uma parceria com pessoas do ramo das churrascarias para fazer um empreendimento dentro do clube, com janelas panorâmicas para as piscinas. Assim, quem for lá, poderá ver como nosso clube é belo e talvez se associe.

Você propõe fazer bingos para pagar dividas do clube. É isso mesmo?

Vamos chamar parceiros e organizar um grande bingo para ajudar a pagar as dívidas. Não é nada muito substancial, mas será de muita valia. Podemos fazer vários acordos para também ajudar a saldar nossas dívidas.

Você tem propostas para o esporte amador no clube, para fazer equipes campeãs nacionalmente?

Vamos analisar o caixa do clube. Eu mesmo já fui atleta de judô. Vou procurar ser o mais útil possível, dentro das nossas possibilidades.

Quem irá tocar o futebol?

O torcedor é passional. Quer resultado, não quer saber de onde vem o dinheiro. Após as eleições, vamos atrás de nossos amigos para aproveitar o conhecimento deles e da outra chapa também. Teve gente que se dispôs a ajudar com uma soma vultuosa. Mas não podemos por um anúncio na Gazeta procurando diretor de futebol. Vamos buscar uma parceria, alguém que toque o futebol no clube. O Pedro, que está aqui, sabe que o futebol não é para amadores. Mas todos os candidatos são amadores, pois não existe faculdade para administrar futebol. Assim foram Gionédis (no Coxa), Petraglia (no Atlético), e o Braga (no Flamengo)… você vai aprendendo no dia a dia.

E se a separação não for aprovada pelo Conselho?

É praticamente inviável seguir assim. O clube vai se afundar cada vez mais. Temos o Aurival, presidente, por ele não ter uma preparação, ainda que nós também não tenhamos, colocou o Paulo Comelli com poderes acima do presidente. Aí que o futebol teve uma queda vertiginosa.

Leonardo Mendes Junior, editor de Esportes da Gazeta: Como conciliar a parte social com o futebol?

José Alves Machado: Na atual conjuntura, é impossível conciliar as duas coisas. É muito complicado tocar as duas coisas separadas, mas qualquer mudança precisa de aprovação do conselho.

COMEÇA A COLETIVA

16h06 – O candidato, acompanhado de Antonio Rodrigues da Costa, coordenador de campanha, e Pedro Cavalcante de Oliveira, candidato à vice-presidente, já estão na sala.

16h – Olá amigos. Hoje a Gazeta do Povo realiza uma sabatina com o candidato à presidência do Paraná Clube, José Alves Machado. Você pode enviar sua pergunta na caixa de comentários deste post. Fique ligado. O papo começa em dez minutos.

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