A esperança de Cida Borghetti (PP) para continuar no Palácio Iguaçu por mais quatro anos atende pelo nome de Roberto Requião (MDB). A perspectiva dos articuladores da campanha é de que se o senador realmente vestir a camisa do sobrinho, João Arruda (MDB) fará votos suficiente para forçar um segundo turno.
A pesquisa do IRG, divulgada nesta quarta, mostra que a principal preocupação de Cida faz sentido: Ratinho Jr. (PSD) hoje aparece em condições de levar a eleição já no primeiro turno. Embora tenha deixado de ser desconhecida e passado rapidamente a 20% das intenções de voto, Cida precisaria de mais tempo para enfrentar o adversário de igual para igual.
Arruda é um virtual desconhecido. A população em geral mal sabe de sua existência. Os que sabem que ele existe, não sabem que é candidato. E muitos dos que veem seu nome na lista de candidatos podem não saber que ele é sobrinho de Requião.
O peso de Requião em qualquer eleição paranaense não pode ser subestimado. Goste-se ou não dele, foi o único governador eleito três vezes para o cargo, sem contar a passagem pela prefeitura da capital e dois mandatos de senador. Ninguém tem currículo igual.
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“Se o Requião realmente se empenhar, o Arruda tem como passar de um milhão de votos. E isso ajuda a Cida a garantir o segundo turno”, diz um analista. Com mais tempo, Cida e Ricardo Barros (PP) creem que conseguem fazer frente a Ratinho na segunda rodada.
A pesquisa do IRG também traz outras notícias que podem ser positivas para Cida. Há vários candidatos que aparecem (alguns até inesperadamente) na faixa de 1% ou 2% de votos. E alguns deles parecem ter potencial de crescimento, como Ogier Buchi (PSL), que quer colar sua imagem na do correligionário Jair Bolsonaro (PSL).
A pesquisa do IRG foi encomendada pelo jornal Bem Paraná. Foram ouvidos 1.250 eleitores entre os dias 9 e 14 de agosto. A margem de erro é de 2,8 pontos porcentuais para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. O registro no TRE tem o número 09806/2018.
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