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Cida Borghetti. Foto; Ricardo Almeida /ANPr
Cida Borghetti. Foto; Ricardo Almeida /ANPr| Foto:

Com colaboração de Euclides Lucas Garcia:

Os dois primeiros alvos da (não tão) silenciosa campanha anticorrupção de Cida Borghetti foram aliados de primeira hora de Beto Richa. Deonilson Roldo caiu no fim de uma semana. No começo da outra, soube-se que Ezequias Moreira estava no mesmo caminho.

Com isso, dos cinco aliados que Beto negociou para deixar no governo após a renúncia, sobraram três. A ex-primeira-dama, Fernanda, e dois envolvidos em delações da Odebrecht. Nada impede que sejam os próximos da lista de Cida.

O caso de Deonilson se justifica facilmente. Ninguém aparece numa gravação negociando uma obra de R$ 7 bilhões e espera que tudo fique por isso mesmo. O de Ezequias é mais curioso. Quando Cida o nomeou, já sabia de suas encrencas passadas, e mais nada aconteceu desde então.

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Fica parecendo que a governadora quer simplesmente matar dois coelhos com uma cajadada só. Ao mesmo tempo se livrar dos fardos deixados pelo antecessor e fazer pose de quem combate a corrupção. Claro que sem atingir os secretários mais caros a ela, independente de sua situação jurídica.

Mas eleger a turma de Beto como alvo tem seu preço, que pode ser um rompimento formal dos dois lados. Será esse o objetivo? Se livrar do governador, que agora está cada vez mais encrencado com a Justiça? E deixar que Cida voe solo rumo ao governo?

Será que Beto Richa deixará até mesmo de ter uma chapa viável para concorrer ao Senado? Ou tudo isso é apenas um jogo de aparências e entre eles está tudo tranquilo?

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