PSDB sobe o tom após Ricardo Barros insinuar fim da coligação com Beto Richa

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Com colaboração de Euclides Lucas Garcia:

Valdir Rossoni (PSDB) subiu o tom no bate-boca dos tucanos com o grupo de Cida Borghetti (PP). Em entrevista por telefone, rebateu o articulador político da governadora, Ricardo Barros (PP), e deu a entender que o grupo está faltando com a palavra.

Nos últimos dias, ficou evidente o descontentamento entre os dois lados. Beto Richa (PSDB) não se sente prestigiado e teve negado o pedido para ser candidato único ao Senado, o que lhe daria mais tempo de tevê. E a dupla Barros/Borghetti começa a achar que Beto mais atrapalha do que ajuda nos seus planos.

Nesta segunda-feira, Barros disse ao Bem Paraná que Richa não estaria mais na chapa e seria candidato avulso ao Senado. A declaração irritou os tucanos.

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“O Ricardo se esquece que a Cida está sentada naquela cadeira graças ao Beto, que ela recebeu um estado em dia, com recursos em caixa para acelerar a campanha. Agora é fácil dizer isso [que o Beto será candidato avulso ao Senado]. O acordado é que sairiam dois candidatos ao Senado na chapa da Cida: Beto e Canziani. Para nós, isso ainda está valendo”, disse.

Rossoni também negou veementemente os boatos de que Richa desistiria do Senado e optaria por uma candidatura mais fácil para a Câmara dos Deputados.

“O Beto é candidato ao Senado em qualquer situação. Nunca trabalhamos essa hipótese [de ele se candidatar a deputado federal]. Evidentemente, gostaríamos muito de uma coligação na qual o Beto tivesse a oportunidade de mostrar o governo dele durante a campanha, com um tempo maior de tevê”, afirmou.

Por fim, Rossoni afirma que, se for o caso, o grupo de Beto poderá tomar outro rumo nas convenções. “Se a palavra [da Cida e do Ricardo] não for honrada, vamos seguir nosso caminho. Vamos ouvir aliados e tomar a nossa decisão. Mas ainda achamos que a palavra vale e esperamos que o acordo seja cumprido.”