Pela primeira vez desde o início da ocupação da Assembleia Legislativa, na terça-feira, o presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), cogita usar força policial contra os manifestantes. Segundo ele, a ordem é para que “não haja violência”. Mas ele afirma que os deputados “têm o direito” de entrar no prédio do Legislativo para realizar a sessão.
A informação é de que neste momento os professores fecharam todas as entradas da Assembleia. A ideia é impedir que os deputados possam chegar ao local onde deve ocorrer a sessão. Com o plenário ocupado, Traiano convocou a sessão para o quinto andar da Assembleia, no antigo restaurante – no mesmo local onde ocorreu a sessão desta quarta.
Chegou-se a dizer que a sessão seria transferida para o Canal da Música, nas Mercês. Segundo Traiano, isso não ocorrerá. Ele diz que a ideia é que os deputados entrem. Como há uma ordem de reintegração de posse, a polícia poderia inclusive retirar todos os manifestantes. Mas provavelmente tentará remover só os que estão impedindo as entradas.
Traiano, com isso, correrá um grande risco político. Mesmo que os policiais tentem retirar os manifestantes sem violência, sempre pode haver um confronto. E todo mundo sabe o que isso significa – basta lembrar que o ex-governador Alvaro Dias (PSDB) paga até hoje, quase 30 anos depois, pelo confronto entre PMs e professores no Centro Cívico.
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