Wilson não defendeu dois pênaltis, na verdade foram três: herói!
Foi uma das partidas mais emocionantes do Campeonato Brasileiro: 4 a 3 para o Coritiba, na Ilha do Retiro.
TABELA: jogos e classificação do Brasileirão – Série A
Houve um pouco de tudo para todos os gostos e, especialmente, dose cavalar no teste cardíaco para os torcedores de ambos os lados.
Sport e Coritiba, com muitos interesses em jogo, partiram para o tudo ou nada desde o apito inicial. Lances dramáticos, entrega física, gols e reviravoltas no placar foram se sucedendo como se fosse um filme de aventura digno de Indiana Jones.
O goleiro Magrão salvou o time pernambucano de poucas e boas, mas Wilson foi o grande herói na reação espetacular do Coxa defendendo dois pênaltis cobrados por Diego Souza. Além de operar outros prodígios de grande relevância na meta alviverde.
Aliás, bem contadinho, Wilson defendeu três pênaltis, pois a rebatida desperdiçada por Diego Souza na segunda cobrança equivaleu a uma terceira penalidade defendida pelo monumental arqueiro do Coritiba.
Depois desse lance dramático, quando o marcador apontava 3 a 2 para o Sport, o time de Marcelo Oliveira virou bicho: Thiago Carletto bateu falta, Magrão deu rebote e Jonas empatou; o jovem Yan Sasse fez jogada genial e fuzilou de média distância virando tudo para o Coxa que, finalmente, conseguiu sair da zona de rebaixamento.
Agora é suor, sangue e lágrimas até a salvação final.
Wilson defende dois pênaltis e @Coritiba vence de forma dramática o Sport >> https://t.co/kEmQF6qGtX pic.twitter.com/NE8c72k1PV
— Esportiva (@gpesportiva) October 29, 2017
Atlético em transe
Do gol de pênalti feito por Felipe Gedoz, que salvou o Atlético do empate com o Sport em casa, muita coisa aconteceu até a má apresentação com vaias da torcida no sábado.
O Furacão está em transe.
Com o associado, que se afastou em massa da Arena da Baixada sem cor, batuque e alegria, a divisão política no clube está fazendo estrago na campanha do time.
Mas tem muito mais: o elenco é tecnicamente limitado, os dirigentes são autosuficientes, os empregados também se acham no direito de criticar a torcida, a oposição conseguiu quorum para convocar uma Assembléia Geral e o presidente do Conselho Deliberativo anunciou novo pacotão.
Poder-se-ia dizer que, fosse um país, o Atlético estaria na iminência de uma guerra civil.
Ainda bem que se trata apenas de um time de futebol. Um grande time de futebol, que tem 93 anos de existência e não apenas 22, como a atual diretoria quer fazer crer.
O muito bem remunerado funcionário Paulo Autuori perdeu a tramontana e criticou a platéia que vaiou o ala Zé Ivaldo na sofrida vitória sobre o Sport.
Deve ter agradado os dirigentes, pois não foi censurado.
Agora, foi a vez do questionado treinador Fabiano Soares, indispor-se com o respeitável público, que se cansou de ver Felipe Gedoz e Matheus Rosseto sentados no banco de reservas enquanto a equipe se arrastava em campo no empate com a apenas esforçada Chapecoense.
Nikão avisou que a crise política está afetando o time em campo.
A diretoria, que proibiu a entrada das torcidas organizadas e aumentou o preço dos ingressos populares, comunicou que pretende mudar o escudo do clube, contratou a Disney para criar um mascote, requentou a promessa do título mundial e vai continuar mandando até o centenário do Furacão em 2024.
Faz lembrar o saudoso Boluca, na Tribuna do Paraná: “Quem viver verá. Vai com Deus, guri !”.
