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Clubes de futebol da Europa vão passar a perna na Fifa

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Carneiro Neto
17/08/2018 17:34 - Atualizado: 27/09/2023 19:20
O futebol e a globalização.
O futebol e a globalização.

O Real Madrid anunciou que fará uma partida válida pelo campeonato espanhol desta temporada – La Liga – nos Estados Unidos. É o futebol e a globalização.

Mais do que as corporações multinacionais, os refrigerantes sabor cola, os mercados financeiros e as modernas engenhocas eletrônicas, é o futebol que melhor reflete o caráter global da atualidade.

As transmissões de imagens e as comunicações em tempo real a custos baixos facilitaram a globalização do esporte mais popular do planeta.

A impressionante difusão do futebol tem a mesma característica de outros fenômenos.

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A origem do sucesso começou com o expansionismo britânico na Revolução Industrial do século 19. A integração da ferrovia, navegação a vapor, telégrafo, cabos submarinos, invadiu todos os países.

Foram os marinheiros da Inglaterra, maior frota mercantil da época, e os britânicos construtores das ferrovias que difundiram o futebol no resto do mundo.

Alguns povos se adaptaram melhor a sua prática.

O Brasil tornou-se o maior celeiro de craques através dos tempos. Não por acaso é o único time que ganhou cinco copas do mundo.

Na ciência e na tecnologia o conhecimento está concentrado e patenteado em benefício dos países mais evoluídos. No futebol, o talento do jogador é nato e o conhecimento é compartilhado.

Nos poucos metros quadrados do campo de jogo, ocorrem a liberdade individual, a solidariedade coletiva e a capacidade de organização das equipes. Por isso, apesar da desconfortável posição no ranking social, político e econômico, Brasil, Argentina e Uruguai são respeitados no mercado do futebol pelos títulos mundiais conquistados.

Nesta parte, as três potências sul-americanas são os maiores exportadores de matéria-prima.

O futebol é um mundo rico, global e variado em que cada um vive do que tem e o reparte com os demais.

Os europeus tomaram conta dos negócios porque souberam se organizar na hora certa.

Há 25 anos, através dos canais da televisão pagos por um publico ávido pelas atrações futebolísticas, Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e outros, formaram as suas Ligas e profissionalizaram a gestão de clubes e confederações. Estabeleceram regras rígidas de concorrência, calendários racionais e competições de alto nível técnico.

No Brasil a gestão encontra-se entre o clientelismo político, o amadorismo marrom e o esboço de profissionalismo ainda sem gente capacitada.

Hoje em dia é cada um por si na cata de patrocinadores, verbas da tv e campanhas para novos sócios.

Por isso, Flamengo, Corinthians e Atlético Paranaense foram os únicos que não votaram no candidato oficial na eleição da CBF. Estão tentando conquistar investidores globais.

Trabalham para o fortalecimento econômico e esportivo que necessitam para competir, minimamente, com os maiores clubes europeus.

O trio brasileiro mais atento ao que acontece lá fora percebeu que não dá mais para continuar disputando campeonatos estaduais deficitários e torneios continentais com número excessivo de participantes sem retorno financeiro compatível.

Vem aí um grande campeonato mundial de clubes patrocinado pela FIFA.

A entidade identificou que o apelo comercial dos grandes clubes na globalização é mais forte do que o apelo das seleções nacionais. A FIFA não quer esperar quatro anos para aumentar o faturamento. E o Real Madrid já abriu a porta de entrada do mercado norte-americano.

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