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Foto: Carl de Souza/AFP
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Eleito com mais de 10 milhões de votos de vantagem sobre Fernando Haddad (PT) no segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL) assumirá a Presidência da República no dia 1º de Janeiro de 2019 sem o respaldo nas urnas de cerca de 60% dos eleitores do país. Dos 147,3 milhões de brasileiros aptos a votar neste domingo (28), aproximadamente 89 milhões não deram seu voto ao vencedor.

Pelos números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro ficou com pouco mais de 57 milhões (55,1%) de votos. Haddad conquistou cerca de 47 milhões (44,8%). O número de pessoas que não compareceram para votar superou os 31 milhões, enquanto que 2,4 milhões votaram em branco e 8,6 milhões anularam o voto.

Esse resultado não é muito diferente do que ocorreu em 2014, quando Dilma Rousseff (PT) foi reeleita sem o respaldo nas urnas de 88 milhões de eleitores. A petista obteve 54,5 milhões de voto (51,64%) contra 51 milhões (48,3) de Aécio Neves (PSDB). Votos nulos somaram 5,2 milhões, brancos 1,9 milhão e a abstenção chegou a 30 milhões.

Um dos melhores resultados na comparação com o total do eleitorado foi obtido por Lula (PT) em 2006. O petista conquistou 58,3 milhões de votos contra 37,5 de Geraldo Alckmin (PSDB). Cerca de 23 milhões de eleitores não compareceram para votar, 4,8 milhões anularam e 1,3 milhão votaram nulo.

Vale observar que esse fenômeno em que presidentes eleitos não têm a maioria dos votos dos eleitores do país não é exclusividade do Brasil. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde o voto não é obrigatório, em 2016 cerca de 121 milhões de eleitores deixaram de votar. Donald Trump venceu com 59,9 milhões de votos e Hillary Clinton obteve 60,2 milhões (a democrata teve mais votos, mas perdeu no colégio eleitoral). Traduzindo, Trump tornou-se presidente com o voto de apenas 25% do eleitorado norte-americano.

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