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Top 5: filmes sobre paixões frustradas e amores proibidos
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Já estava devendo um novo Top 5 aqui no blog há tempo. E dessa vez decidi abordar um gênero que é visto com desconfiança (ou impaciência) por muitos espectadores, principalmente os do sexo masculino: o drama romântico. E nomeio desta maneira justamente para diferenciar de outra categoria de filme, a das comédias românticas, que, salvo boas mas raras exceções, são reféns de uma fórmula já batida que se repete à exaustão.

Muitos dos protagonistas dos dramas românticos, como não poderia deixar de ser, normalmente sofrem de um mal irremediável. Amam demais, mas são impedidos, por inúmeras circunstâncias, de concretizar esse amor e viver ao lado da pessoa desejada. O mito do amor proibido, eternizado na peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, tem rendido filmes há décadas (inclusive várias adaptações da história do dramaturgo inglês) e certamente tem lugar cativo no coração de espectadores que, cada um a seu modo, já passaram por situação semelhante.

Exemplos de relacionamentos conturbados – ou impossíveis – no cinema não faltam. Quem não se emocionou na Sessão da Tarde com Ghost – Do Outro Lado da Vida (Ghost, 1990), derrubou algumas lágrimas na sessão de Titanic (1997) ou torceu em silêncio por Humphrey Bogart em Casablanca (1942)? Alguns destes filmes têm finais felizes. Outros não. Assim como muitas histórias de amor que já vivemos.

TOP 5: FILMES SOBRE RELACIONAMENTOS PROIBIDOS (OU, NO MÍNIMO, DIFÍCEIS) 

A Época da Inocência (The Age of Innocence, 1993)

A Época da Inocência. (Foto: Divulgação)

A Época da Inocência. (Foto: Divulgação)

O livro de Edith Warton foi publicado em 1920 e rendeu a ela o Prêmio Pulitzer — pela primeira vez destinado a uma mulher. Mais de setenta anos depois, a história de amor entre um advogado comprometido e uma condessa com passado obscuro, no final do século 19, foi levada às telas com requinte por Martin Scorsese. Daniel Day-Lewis vive o homem que, mesmo acometido por uma paixão avassaladora, precisa esconder seus sentimentos e se submeter às regras morais e à hipocrisia da alta sociedade novaiorquina. A Época da Inocência foi indicado a cinco Oscar, por Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Música, Melhor Atriz Coadjuvante (para Winona Ryder) e Melhor Figurino — categoria em que acabou premiado. Um filme de Scorsese pouco lembrado, em comparação a outras obras suas mais icônicas, mas que merece ser apreciado pela belíssima reconstituição de época e por sua temática ainda atual.

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau, 2011)

Os Agentes do Destino (Foto: Divulgação)

Os Agentes do Destino (Foto: Divulgação)

É curioso como dois gêneros tão peculiares– ficção científica e romance — foram tão bem entrelaçados neste filme de estreia de George Nolfi (pelo menos na direção, já que ele escreveu os roteiros de filmes como Linha do Tempo, O Ultimato Bourne e Sentinela). Ainda mais se levarmos em conta que a história é baseada em um conto de Philip K. Dick, que já viu outras obras suas se tornarem icônicas no cinema, como Blade Runner, o Caçador de Andróides (Blade Runner, 1982) e O Vingador do Futuro (Total Recall, 1990). Comparado a estes filmes, Os Agentes do Destino é uma produção menor, mas não menos instigante. Aqui, os personagens de Matt Damon e Emily Blunt se encontram por acaso e vivem uma paixão à primeira vista. O problema é que o rapaz está fadado a ser um grande político e a presença da morena pode colocar tudo a perder. Entram em cena então os tais “agentes do destino”, que vão usar forças secretas e misteriosas para separar os dois. Falar mais pode estragar algumas surpresas — apenas não procure muito sentido ou explicações científicas na trama.

Amor, Sublime Amor (West Side Story, 1961)

Amor, Sublime Amor (Foto: Divulgação)

Amor, Sublime Amor (Foto: Divulgação)

Adaptação musical do drama de Romeu e Julieta que já era sucesso na Broadway. Ao invés das famílias Capuleto e Montecchio, o casal apaixonado precisa conviver com o ódio entre duas gangues de Nova Iorque — grupos formados por imigrantes porto-riquenhos e poloneses. Por isso mesmo os números musicais são inspirados em lutas de rua. Amor, Sublime Amor logo se tornou um grande sucesso, principalmente nos Estados Unidos, onde algumas canções caíram no gosto popular e são lembradas até hoje. Levou pra casa dez Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Música e estatuetas pra ator e atriz coadjuvantes.

O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005)

O Segredo de Brokeback Mountain (Foto: Divulgação)

O Segredo de Brokeback Mountain (Foto: Divulgação)

A premiada obra de Ang Lee causou sensação e certa polêmica por abordar sem concessões o tema da homossexualidade justamente em um gênero norteamericano marcado por figuras másculas e viris, o faroeste. Heath Ledger e Jake Gyllenhaal são os dois cowboys que se aproximam durante um serviço e, aos poucos, se apaixonam — um sentimento que perdura por anos, mesmo que ambos sigam suas vidas e se escondam atrás de casamentos fracassados. Uma tocante história de amor, fortalecida por atuações convincentes e uma bela fotografia. A crítica aprovou e chegou a chamar o filme de “clássico americano instantâneo do século 21”.

Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin, 1987)

Asas do Desejo (Foto: Divulgação)

Asas do Desejo (Foto: Divulgação)

Certamente o filme mais belo da lista — não só em termos estéticos. O aclamador diretor alemão Win Wenders conta a história de uma dupla de anjos que passa os dias acompanhando as aspirações e frustrações dos humanos, sem poder intervir diretamente. Apesar de constatar o quanto as pessoas são frágeis, os anjos também invejam as sensações e sentimentos dos humanos — a separação entre os dois mundos fica evidente na fotografia, ora em preto e branco (a visão dos anjos), ora em cores (a visão dos homens). Não demora para o imortal vivido por Bruno Ganz se apaixonar por uma mulher, uma trapezista, a ponto de ousar abandonar sua condição angelical. Filme para ser contemplado e admirado como a fabula poética que é. Esqueça o remake meloso com Nicolas Cage e Meg Ryan.

Assistiu aos filmes citados? Para você, quais outros casais do cinema merecem ser lembrados  por sofrerem paixões ingratas? Deixe sua lista aqui no blog!

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