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André Pugliesi/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia
André Pugliesi/Gazeta do Povo, enviado especial à Rússia| Foto:

MOSCOU, Rússia – Está correndo o WhatsApp um vídeo de brasileiros fazendo com uma mulher estrangeira algo que, pela animação do rapazotes, parecia para eles uma divertida brincadeira. Mas o que é, mais exatamente, um caso de assédio fácil de identificar aqui na Rússia.

Quatro adultos, três deles envergando a camisa da seleção brasileira, aparecem cercando uma mulher loira e entoando, como fosse um grito de torcida, um palavrão que faz referência ao órgão sexual feminino. A moça, sem entender nada, claro, tenta repetir. É deprimente e não vou reproduzir aqui o vídeo.

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Bastam cinco minutos trafegando pela rua Nikolskaya, um calçadão de pedestres como a Rua XV, principal ponto de concentração de torcedores em Moscou, para esbarrar com cenários dessa natureza. Homens, de diversas nacionalidades, mas especialmente latinos, assediando mulheres russas.

Sob o pretexto da festa do Mundial, há quem se aproveite da diferença cultural, e da quase intransponível barreira do idioma local, para falar todo tipo de coisa, puxar o cabelo, pelo braço etc. É uma mistura de turismo futebolístico e sexual.  E as anfitriãs, normalmente, respondem com cordialidade e um sorriso envergonhado.

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Não é, evidentemente, um fenômeno isolado de Copa do Mundo. Mas o Mundial, por reunir tanta gente diferente num único lugar, durante cerca de um mês, acaba atingido por esse tipo de situação. Lamentável, sem dúvida. E um alerta que, falta de respeito, é igual em qualquer lugar do mundo.

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