O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) não quer dizer ainda se votará contra ou a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente Temer por crime de corrupção passiva. Hauly alega que “está acompanhando os acontecimentos diários” e “analisando”. “Está tudo tumultuado. Não sou nem da turma dos cabeças brancas, nem dos cabeças pretas. Sou misto”, resumiu ele, em seu sétimo mandato na Câmara dos Deputados.
Hauly se refere à divisão tucana mais ou menos estabelecida até aqui: os cabeças brancas, a ala mais experiente do PSDB, defensora da permanência da sigla no governo federal; e os cabeças pretas, os filiados com menos idade, que têm reivindicado o desembarque.
Logo quando as delações da JBS começaram a ser reveladas, Hauly até sugeriu que era o caso de o PSDB sair do governo federal, mas continuar apoiando as reformas em trâmite no Congresso Nacional. Em entrevista hoje (10) à Gazeta do Povo, o paranaense ficou “em cima do muro”. Afirmou que mantém uma boa relação com seus pares, de situação e de oposição, e que, na condição de relator da reforma tributária, “não quero me prejudicar nem com um lado, nem com o outro”.
“Eu continuo rodando o País para falar da reforma tributária. É uma responsabilidade grande. Acho que me manifestar agora [sobre a denúncia] criaria um desgaste desnecessário. No momento da votação, eu terei minha posição”, disse ele.
Além de Hauly, há outro tucano paranaense em exercício na Câmara dos Deputados: trata-se de Nelson Padovani, que lá atrás já saiu em defesa do presidente Temer. Já o deputado federal licenciado para ocupar a Casa Civil do governo do Paraná, o tucano Valdir Rossoni tem defendido a saída da sigla. “Ele é um cabeça branca que está com a turma dos cabeças pretas”, brincou Hauly.
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