Presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann confirmou que disputará uma vaga na Câmara dos Deputados, após oito anos de mandato no Senado Federal. No pedido de registro da candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a senadora informa ainda que o seu “nome de urna” será “Gleisi Lula”.
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Em abril, na esteira da prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, parlamentares petistas, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, passaram a utilizar o sobrenome “Lula”, em apoio a ele.
Gleisi chegou a pedir ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que o novo nome – Gleisi Lula – fosse registrado no painel eletrônico do plenário da Casa, responsável por exibir a posição dos parlamentares em votações.
Casa vizinha
Em 2010, com apenas “Gleisi” de nome de urna, ela foi a mais votada no Paraná entre os candidatos ao Senado. Naquele ano, pertencia a uma coligação – “A União faz um Novo Amanhã” – formada por seis legendas (PT, PDT, PMDB, PSC, PR e PCdoB). Agora, na disputa de 2018, os candidatos do PT não fizeram alianças.
A possibilidade de se lançar candidata à Câmara dos Deputados, e não à reeleição, começou a ser ventilada em função do desgaste sofrido pelo PT nos últimos anos. Já no final de 2016, questionada pela Gazeta do Povo se ela achava que teria dificuldades para se eleger novamente ao Senado, a senadora reconheceu que “hoje qualquer pessoa do PT está com dificuldades de se reeleger”.
“Tem uma campanha sistemática de criminalização do partido. Então obviamente que o impacto político-eleitoral para as candidaturas do PT é grande, não tenho dúvida. Mas daí dizer que o PT acabou, que não elege mais ninguém, que é impossível recuperar, é uma distância muito longa”, completou ela, na ocasião.
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