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Meu filho não gosta de ler! E agora, José?
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Frequentemente, ouço de alguns pais, com um certo um tom de conformismo, a seguinte frase: “Meu filho não gosta de ler”. E eu logo me pergunto: “E o que você está fazendo para mudar essa realidade? ”.

 

Todos nós temos conhecimento da importância da leitura em nossas vidas, o quanto ela pode trazer benefícios para nós, seja por estimular a nossa criatividade, por ampliar o nosso vocabulário, por fazer pensar e sentir. Logo, sabemos da necessidade de que as crianças gostem de ler e adquiram esse hábito o quanto antes. No entanto, vejo muitos pais que estão conformados com o fato de os seus filhos não gostarem de ler. Mas será que não é preciso fazer algo?

 

Precisamos, primeiramente, não cair no conformismo. Se as nossas crianças não gostam de ler, faz-se necessário mudar essa realidade. Família, escola e sociedade têm essa tarefa pela frente. Uma tarefa que pode ser simplesmente apaixonante…

 

A leitura nos proporciona um leque de possibilidades diante do mundo. Por meio dela, conhecemos outras realidades, encontramos direções, abrimos caminhos, despertamos sonhos, compreendemos melhor o outro… Mas como aproximá-la de nossas crianças?

Com paixão, encantamento e exemplo.

 

Se nos cercarmos de livros e mostrarmos o quanto eles podem ser encantadores, as crianças também vão querer se cercar deles. De outro modo, quando nos afastamos deles, apenas apontando a sua importância, os pequenos não irão acreditar em nós. Se é tão bom por que não temos esse hábito?

 

Assim, o primeiro passo para encantar as crianças pela leitura é nós, adultos, nos encantarmos também. Para isso, é preciso buscar o que você gosta de ler. Um gênero, um autor, um tema. Visitar livrarias, bibliotecas. E essa busca pode ser realizada na companhia das crianças. Frequentar eventos literários. Ir a lançamentos. Conhecer autores. Buscar livros antigos. Ler histórias juntos.

 

A leitura tem que fazer parte da rotina, tem que ser um momento de descobertas, de sabores, de aromas, de encantamento. Algo que deixa as retinas faiscando, o coração transbordando de alegria, o sorriso brotando espontaneamente no rosto.

 

Somente quando os adultos percorrerem as veredas da Literatura, entregando-se às emoções que essa pode descortinar pelo caminho, poderão encantar as crianças, levando-as para esse mundo de fantasia e mistério, onde a vida é desvelada a cada frase dita e escondida.

 

*Artigo escrito por Ana Rapha Nunes, escritora infanto-juvenil, autora dos livros “Mariana” (ed. Inverso), “Lucas, o garoto gamer” (ed. Inverso), “A noite chegou… e o sono não vem” (ed. Franco) e “A Lua que eu te dei” (ed. Appris). Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, a autora, que mora em Curitiba, visita várias escolas, abordando a importância da literatura para o público infanto-juvenil. Colaboradora voluntaria do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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