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As preocupações geradas para se garantir uma educação de qualidade perpassam por toda uma comunidade educativa. Famílias e escolas estão cada vez mais unidas e são cada vez mais parceiras, na busca, quase incessante, por um espaço democrático no processo ensino/aprendizagem para todas as crianças, jovens, adolescentes e adultos.

A legislação já vem sinalizando desde 1988 com a Constituição Federal, com o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), com a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (1996), com a Declaração de Salamanca, Espanha (1994), entre outros acordos internacionais ratificados por Decreto pelo governo brasileiro, que os direitos das pessoas com deficiência e transtornos são conquistas consolidadas.

Em um passado bastante recente, inclusão não fazia parte do cotidiano do ensino regular. As escolas especiais eram as responsáveis na condução da matrícula das crianças com deficiências e transtornos.

Com a implantação de classes especiais, no ensino regular, iniciou-se a ruptura da ideologia da exclusão para a implantação gradativa de uma política de inclusão. Aos poucos as classes especiais foram sendo cessadas e as famílias fazem um movimento de alerta junto à sociedade na tentativa de garantir a matrícula de suas crianças no ensino regular. Esse grito ecoou esparramando-se por toda a sociedade. Um eco que muitos não queriam sequer ouvir. Soava estranho e exigia mudanças.

Houve uma necessidade urgente de adaptações significativas para atender a demanda que agora se tornava uma responsabilidade do ensino regular. E esse mesmo ensino não contemplava em seu quadro de profissionais, aqueles com formação específica na educação especial. Os cursos de licenciaturas não preparavam graduandos para as diferentes demandas requeridas. Os espaços e os recursos físicos, humanos e financeiros que a escola dispunha exigiam uma adequação imediata.

Frente ao novo cenário, instauraram-se, junto às instituições de ensino, momentos de inquietação, dúvidas, preocupação com o como fazer e, por outro lado, as famílias cada vez mais confiantes com a nova possibilidade que surgia para atender suas crianças, iniciaram uma peregrinação batendo nas portas das escolas na busca dessa matrícula. Muitos ruídos de comunicação e alguns contratempos de ambas as partes aconteceram.

A nova realidade exigia mudança de paradigma. Mas, mudanças de paradigma não acontecem de maneira tão simplista como alguns profissionais do poder público esperavam. Mudar paradigma é mudar conceitos profundamente plantados ao longo de toda uma existência.

Nesse contexto, como é uma preocupação constante do SINEPE/PR atender e servir seus associados, foi introduzido no calendário de eventos um programa de capacitação pedagógica voltado para a inclusão educacional. Assim, iniciou-se a Semana da Inclusão no ano de 2011. Uma semana de estudos, palestras, oficinas e debates com profissionais da Secretaria de Estado da Educação, profissionais da área da saúde, psicopedagogos, professores especialistas da Educação Especial, professores especialista em legislação de ensino.

A procura por informação e orientação do como fazer teve um crescimento significativo por parte das instituições de ensino a cada nova edição da Semana da Inclusão. Nas duas semanas de 2014 (primeiro e segundo semestres) foram registradas as presenças de, aproximadamente, 115 educadores a cada dia do evento.

Dessa forma, escolas em conjunto com seus educadores demonstram um real interesse e preocupação em acolher com qualidade, eficácia e profissionalismo as famílias e suas crianças.

>>Artigo escrito por Fátima Chueire Hollanda, diretora da Teaching Consult e assessora pedagógica do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

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