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Professor! Por favor, eduque meu filho!
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O tumulto da vida moderna, marcado pela falta de tempo e pela necessidade de homens e mulheres trabalharem, estimula o aumento da busca das famílias por delegar a educação de seus filhos para as escolas ou outras pessoas e instituições.

Nesse contexto, o conceito de educação vai além da transmissão de informações e conteúdos intelectuais, como priorizados na maioria das instituições educacionais. Fazemos referência a algo mais profundo e abrangente, que envolve a formação do caráter, de aspectos comportamentais e de valores pessoais, que são construídos ao longo dos primeiros anos de todo indivíduo e que, como comprova a psicologia, ecoam por toda a vida. Considerando esse sentido mais amplo de educação, percebemos as dificuldades das famílias e dos educadores nessa tarefa.

Mesmo em famílias equilibradas as dificuldades em educar desafiam diariamente quem está com essa responsabilidade. Afinal, os filhos não vêm com manual de instruções, e as variadas situações que ocorrem geram dúvidas e angústias. Nos casos de famílias desestruturadas, as dificuldades da criação se somam a outros problemas provocando impactos que vão refletir na criança.

Muitos professores acreditam que não cabe a eles o papel de educar, no sentido mais profundo mencionado. Esse posicionamento talvez possa ser justificado pela falta de preparo para essa tarefa nas formações docentes, em que pouca carga horária é destinada para capacitação sobre aspectos comportamentais, além da disciplina lecionada. Ao mesmo tempo, os educadores são bombardeados diariamente com os problemas sociais que ecoam em suas salas de aula. Exemplifico com o relato de uma diretora que atendeu uma mãe que dizia: “Eduquem o meu filho, porque eu não dou conta!”.

Delegar a educação dos filhos é um risco para a criança e para a sociedade. E esse risco precisa ser administrado com o estabelecimento de boas parcerias entre todos os envolvidos. Assim, requer o comprometimento mútuo e todos devem fazer a sua parte para o desenvolvimento pleno dessas crianças.

>> Este artigo foi escrito pela equipe da Associação Gente de Bem, instituição que desenvolve programas de educação integral para adolescentes, professores e famílias.

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