O lado sinistro do WhatsApp Business

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Vocês já devem estar sabendo do WhatsApp Business, uma versão do popular aplicativo para quem o utiliza em sua empresa. Quem ainda não sabe como funciona pode ler a respeito aqui.

Resumindo rapidamente, o WhatsApp Business oficializa aquilo que empresas já vem fazendo: aproximar-se dos clientes, atender pedidos e facilitar o pré e pós venda. Mas com alguns bônus bem interessantes: a empresa tem seu próprio “perfil” público, com endereço, horário de atendimento, email, website, etc; os clientes podem ganhar tags para categorizá-los por departamento ou tipo de demanda; podem ser definidas mensagens automáticas de resposta; e a mais bacana de todas: as estatísticas, que transformam o app em uma excelente ferramenta de marketing.

Eu estava achando a iniciativa bem legal não fosse por um problema: a falta de noção das pessoas que o usam. Já tem empresa mandando propaganda sem solicitar (ganhando block imediato) e imagino que logo várias usarão os novos recursos como facilitador de spam — e isso me preocupa MUITO, ainda mais em ano eleitoral.

Tenho um número há quase 15 anos que havia virado um inferno na minha vida: aparecia gente do nada falando bobagens, me adicionando em grupos e lotando o armazenamento do aparelho com fotos e vídeos. Após um episódio em que acordei em um sábado com mais de 1000 mensagens de um grupo de vendedoras de cosméticos, tive um faniquito e cancelei a conta no ato. Deu um pouco de trabalho explicar às pessoas que não teria mais Whatsapp, mas encontrei a paz. Quem precisa falar comigo naquele número terá que telefonar.

Posteriormente criei 2 contas em novos números, um para trabalho/consultoria/pacientes e outro exclusivo para meus alunos. Com muito critério, é possível manter a sanidade.

Espero que o Facebook impeça o lado infecto do WhatsApp criando alguma maneira de impedir mensagens não solicitadas. Por exemplo, criando uma espécie de caixa de spam silenciosa para contatos que não estão na sua lista. Caso contrário, estaremos fritos.