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A Nokia voltará a ser protagonista no mundo mobile?
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Houve um tempo em que a Nokia reinava absoluta no mundo mobile. Com aparelhos nos mais diversos formatos (alguns bizarros, convenhamos) e sistemas (desde dumbphones até Symbian S30, S40, S60), era difícil não achar um aparelho que casasse com seu estilo. Os usuários amavam essa diversidade, junto com a bateria cheia de fôlego e a fama de indestrutível que rendeu muitos memes.

Vítima de seu próprio gigantismo, a empresa perdeu espaço quando o mundo passou a ficar sempre conectado e polarizado entre iPhone e Android. A finalndesa até tentou acompanhar a onda, abraçando o controverso Windows Mobile — que era bom, mas não empolgou os desenvolvedores e por consequência não garantiu um leque de aplicativos tão vultoso quanto as concorrentes. Acabou comprada pela Microsoft, que terminou de enterrá-la, como o próprio Satya Nadella reconheceu em seu livro.

A gigante Nokia de outrora morreu, mas uma fênix está despontando graças à HMD Global, empresa formada por ex-diretores da Nokia que passou a administrar a marca. Sua estratégia é muito interessante: com o relançamento de clássicos repaginados, ganha-se bastante espaço na mídia e a atenção dos saudosistas. A bola da vez é o novo 8110, uma das principais atrações da MWC 2018 graças à imensa mídia espontânea gerada.

Com os olhos voltados para o lado bom do passado, a esperança da HMD Global é que o mundo também preste atenção nos novos Androids mais parrudos com a logomarca Nokia estampada, tais como o Nokia 8, Nokia 7 Plus, e Nokia 6. Mas o mercado mudou bastante e a Nokia de antigamente hoje é a Samsung. É possível ganhar espaço neste meio onde há dezenas de marcas e “sabores” de sistemas operacionais rodando o SO do Google? No meu entender, sim: basta explorar o ponto fraco das concorrentes, e isso a nova Nokia parece ter compreendido: precisamos de sistemas operacionais mais estáveis, com atualização constante, melhor performance de bateria. Extamante os pontos que a Nokia de antigamente explorava! É por isso que o espartano Nokia 1 se tornou o ícone de uma esperançosa promessa.

Rodando versões mais enxutas do Android, como o One ou o Go, os aparelhos de entrada da Nokia de 2018 são mais eficientes, limpos e seguros. E baratos, o que não é pouca coisa neste universo de chineses super em conta, com hardware ruim, inseguros e transbordando bloatware. Ainda que hoje as vendas representem uma fração dos números da Apple e da Samsung, certamente estar à frente de marcas como Asus e Sony já representa avanço.

Ainda há um longo caminho a percorrer, mas embora não haja planos de dar as caras no Brasil, acredito que seja em mercados como o nosso que a nova Nokia deve mirar. Sinto falta de iniciativas que saiam um pouco desse tédio do mundo atual dos smartphones.

Sou candidatíssima a ter um Nokia novamente. E você?

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