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#deletefacebook ou não, eis a questão
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Todos estão sabendo dos recentes escândalos do Facebook envolvendo privacidade, fake news e a empresa britânica Cambridge Analytica, que renderam ao CEO Mark Zuckerberg várias dores de cabeça junto a autoridades dos EUA e Europa.

Diante da onda do #deletefacebook, também tenho pensado em deletar minha conta. Mas não é por causa de todas as baixarias envolvendo a companhia. Afinal, não é novidade que o Facebook vende seus dados para terceiros, já que está (quase) tudo nos “Termos de Uso” do serviço. Também não é novidade que eles manipulam gráficos para vender anúncios e deixam apps de terceiros deitar e rolar, como os tais testes de como seria seu rosto de fosse de outro gênero — testes que só serviam para se apossar de suas fotos e outras informações. Há ainda o descaso do WhatsApp com a polícia na hora de caçar criminosos, pedófilos e traficantes — algo que nós brasileiros conhecemos muito bem, já que ficamos em polvorosa com as várias interrupções no serviço pela Justiça.

Quero deletar minha conta porque não uso meu perfil pessoal há mais de 4 ou 5 anos, já que nunca me serviu para quase nada. Só não o fiz ainda porque às vezes preciso me logar para alimentar minha coluna sobre cultura digital chamada “Bombou na Internet”, na rádio CBN Curitiba. Mas agora há uma questão a mais: vejo amigos que dependem da rede para sustentar suas famílias cada vez mais acuados e tendo que colocar cada vez mais dinheiro na conta do Facebook, já que seu alcance está sendo podado de propósito.

Preocupada com o que o Facebook soubesse a meu respeito, entrei na rede recentemente e senti um certo alívio inicial por causa dos anúncios, que nada tinham a ver comigo. Basicamente eram artistas que nunca ouvi falar e nem tenho vontade de ouvir, automóveis (não dirijo mais desde 2014) e refrigerantes, coisa que nunca bebi na vida.

Afinal, o Facebook está perdendo a relevância? Não acredito que os anunciantes estejam debandando em nome da ética, pois todos sabiam dos podres e até se aproveitavam deles. A questão é: será que novas preocupações, como a censura, podem definitivamente minar a rede social mais popular do planeta? Muitos estão furiosos com a chamada patrulha da opinião.

Em tempo, sugiro que você baixe todos os dados que o Facebook tem de você e os analise. Será que vale a pena continuar fazendo parte disso?

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