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Mais um capítulo da série “esquerda histérica”: politizaram a NFL
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Colin Kaepernik é um quarterback mediano para o nível da NFL, que recentemente tem aparecido em todos os noticiários, não por suas habilidades como jogador de futebol americano, mas por sua postura militante, pró Black Lives Matter, em campo. O grande feito de Colin foi ter lançado a moda – que tem sido adotada não só por grande parte dos jogadores da liga, como também por jogadores de outros esportes queridinhos dos americanos, como basquete e beisebol – de se ajoelhar durante a execução do hino dos EUA. Segundo ele, ficar em pé, saudando a bandeira e o hino, significaria “mostrar orgulho por um país que oprime negros e pessoas de cor”. O protesto foi tomado como ofensa grave por muitos americanos, a ponto da audiência das partidas de domingo ter caído 10%. E, vejam bem, esse povo é maluco por futebol americano! Acontece que também é traço da cultura deles um profundo patriotismo e, além disso, uma verdadeira reverência pelos membros das forças armadas, especialmente aqueles que morreram para defender o país – motivo pelo qual o povo interpreta o ato como uma cuspida na cara dos veteranos e heróis de guerra. Não demorou muito até Trump entrar na polêmica, e o presidente já foi dizendo que os jogadores que se ajoelhassem deveriam ser banidos da liga. Até Tom Brady, que é simpático a Trump, saiu em defesa de seus colegas. É curioso ver este fenômeno ocorrendo nos EUA: todas as opiniões e críticas correntes – sobre o que quer que seja – serão necessariamente reduzidas a posicionamentos anti-Trump ou pró-Trump. Não tenho notícia de um momento na história em que o clima de disputa eleitoral tenha persistido tão efusivamente mesmo depois de passado um ano de mandato do novo presidente – de quem, aliás, não se tem notícia de estar criando campos de trabalho forçado e coisas do tipo. Vilma Gryzinski fala sobre a chatice que é essa mania de politizar tudo, e pergunta-se: “Com as genuflexões generalizadas depois da declaração crua de Trump (…), criou-se um problema do tipo que não precisava existir: todo mundo que ajoelhou vai continuar ajoelhando em todos os jogos? Até quando?”.

A demagogia do Black Lives Matter
A existência do Black Lives Matter precede a vitória de Trump, mas é inegável que o movimento ganhou força desde as últimas eleições. Por que mais barulho agora, se a verdade é que a situação da comunidade afro-americana é, sob uma perspectiva histórica, a mais favorável que já existiu? A resposta é simples: Trump contraria frontalmente os mandos e desmandos do establishment político, acadêmico e midiático, e os democratas não darão sossego a ele; estão financiando e incitando todo tipo de oposição a Trump. Desse modo, transformam progressivamente militância esquerdista em milícia. Para quê? Melhorar a vida de negros e demais minorias? É claro que não. Assista a conversa de Dana Loesch e Burgess Owens, ex-jogador da NFL e autor de “Liberalism or How to Turn Good Men into Whiners, Weenies and Wimps”, em que Owens afirma que a esquerda não tem feito nada pela comunidade negra. (áudio e texto em inglês)

Carta aberta da viúva de Chris Kyle, o “sniper americano”, para a NFL
Taya Kyle, a viúva de Chris Kyle, cuja história de heroísmo foi trazida às telas por Clint Eastwood no filme “Sniper americano”, escreveu uma carta endereçada à NFL para tratar da questão do protesto durante a execução do hino, bem como do posicionamento geral da liga em relação ao episódio. O ponto de vista dessa mulher resume bem o pesar generalizado da nação com a falta de respeito dos jogadores, e aponta a responsabilidade da NFL no sentido de ter permitido uma desonra ao país e ter fomentado a discórdia. “O futebol era realmente uma metáfora para o nosso mundo ideal – diferentes origens, talentos, crenças políticas e histórias como uma grande equipe com um grande objetivo – fazer bem, vencer, juntos. (…) Você [NFL] está pedindo-nos para abandonar o que amamos sobre a união, e fazer escolhas de divisão.” (aúdio e texto em inglês)

Reverência obrigatória não é reverência
David French defende que – a despeito do flagrante desrespeito com um símbolo tão caro aos americanos – Trump errou ao sugerir o banimento dos jogadores. Não há nada que se possa fazer. Também nesse caso vale a máxima “respeito não se exige, se conquista”. Permanecer para o hino nacional não tem sentido se for obrigatório, pois isso prejudica a liberdade essencial numa democracia: a liberdade de expressão. (texto em inglês)

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