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Confesso: a propaganda eleitoral dos candidatos a deputado me anima muito mais do que todo o resto. A começar pela carência de recursos tecnológicos e de jingles triunfalistas. A venda é à vista, curta e emergencial, personalíssima e despojada de quase tudo. E a concorrência é feroz: em 2014, são 821 candidatos para 54 vagas na Assembleia e 317 candidatos para vagas na Câmara Federal – “quase um vestibular do ITA”, como diria Tia Miloca.

É quando surge a necessidade de diferenciação, e quando aparecem os bordões insólitos que fazem a alegria do folclorista eleitoral. Nesta quarta-feira, primeiro dia da propaganda eleitoral na tevê dos candidatos a governador, senador e deputado estadual, tivemos bons exemplos de frases curiosas:

. O pleiteante e poeta Batista de Pilar identificou-se como “o bonitinho da mamãe”.

. De Chico Eletro: “a energia que faltava”.

. Reprisado de 2010: “vote no titio – 45.000”, Luiz Accorsi.

. Animal: “Você que gosta de bicho, não vote seu voto no lixo” (Roselia Vanat).

. Bíblico: “Amai ao próximo como a ti mesmo”, por Rubens Beleze.

. Frigorífico: “O Paraná manda uma boiada para Brasília, mas recebe de retorno um bife”, do candidato ao Senado Maurício Viana, do PRP.

De quebra, pudemos conhecer Guimar Rodrigues da Silva, o Zé Ramalho, clone do célebre artista nordestino.

Discovery Channel

A campanha de Requião abriu um espaço virtual para negar boatos e apresentar propostas. O mote é o do programa “MythBusters”, da tevê a cabo, em que uma dupla de cientistas nerds testa histórias e lendas para saber se elas se sustentam. No banner da página de Requião, o candidato aparece caracterizado como Jamie Hyneman, um dos protagonistas. Dá só uma mirada no banner e no original – e tire suas próprias conclusões:

requiao220px-Jamie_Hyneman_2010

 

 

 

 

hora

 

O cavalete da Hora

O candidato Jorge Krüger, do PMDB, inovou nos cavaletes de propaganda. Somou à manjadíssima frase “A hora da mudança!” um relógio digital simulado que traz o seu número – “15:30”.

Experiência própria: encarado de relance, no meio do trânsito, o dito cavalete deixa o passante confuso em relação ao horário.

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