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O número certo na agenda telefônica cria uma espécie de camarote da cidadania (Foto: Rodrigo Fonseca / CMC)
O número certo na agenda telefônica cria uma espécie de camarote da cidadania (Foto: Rodrigo Fonseca / CMC)| Foto:

A ineficiência dos serviços públicos faz com que tudo esteja sujeito à interferência política para agilizar trâmites burocráticos. O número certo na agenda telefônica cria uma espécie de camarote da cidadania. Em um discurso na tribuna da Câmara de Curitiba, nesta quarta-feira (28), o vereador Ezequias Barros (PRP) relatou um desses casos, vivido por ele mesmo.

“Eu me lembro de 2007, quando a minha sogra faleceu, que eu fiquei das duas da manhã até uma hora da tarde para liberação do corpo. Não fora a amizade – e eu estava como diretor da Cohab -, liguei para o Dr. Luciano Ducci, que era secretário da Saúde, para que houvesse a intervenção dele. Se não houvesse, teria demorado muito mais tempo para haver liberação do corpo”, contou.

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De fato, esperar por quase 12 horas a liberação do corpo de um parente morto é uma situação que deixa qualquer um perplexo. Mas a solução dada está longe de ser republicana; a não ser que o telefone do então secretário de Saúde e hoje deputado federal, Luciano Ducci, estivesse afixado na sala de espera das unidades de saúde Curitiba.

Serviços ineficientes são um convite à concessão de favores por parte de políticos que alimentam uma relação personalista com a estrutura pública. Ducci, quando agilizou os trâmites para o então diretor da Cohab, não melhorou a execução da política pública de saúde, mas certamente azeitou sua relação com o hoje vereador Ezequias Barros.

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