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Richa, Greca e Cida em evento no dia 4 de julho, quando Richa já não era governador (Foto: Divulgação/Facebook)
Richa, Greca e Cida em evento no dia 4 de julho, quando Richa já não era governador (Foto: Divulgação/Facebook)| Foto:

O Ministério Público Federal pediu a abertura de Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra os candidatos Cida Borghetti (PP) e Beto Richa (PSDB). Também são alvos do pedido o prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), a prefeita de Fernandes Pinheiro, Cleonice Schuck, o candidato a vice-governador na chapa de Cida, Coronel Malucelli (PMN) e os suplentes de Richa, Nelson Padovani (PSDB) e Maria Iraclesia (PSDB).

Segundo o MP, houve abuso de autoridade de Cida, Greca e da prefeita de Fernandes Pinheiro, na região Sudeste do estado, ao permitirem que eventos oficiais das prefeituras e do governo do Paraná beneficiassem a candidatura de Richa ao Senado. O teor do pedido é similar ao pedido de impugnação da candidatura de Richa que foi apresentado na semana passada pelo MDB. 

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De acordo com a Procuradora Regional Eleitoral Eloisa Helena Machado, Cida utilizou indevidamente o cargo “ao promover constantes participações do investigado [Beto Richa] em eventos do governo, fazendo crer, em sua maioria, que Carlos Alberto Richa ainda interferiria nos atos de gestão quando, em verdade, este já havia se desincompatibilizado para as eleições de 2018, conforme adiante restará demonstrado”.

No pedido foram listados dez eventos oficiais em que Richa participou do anúncio de obras e liberação de verbas mesmo depois de ter deixado o governo. No documento também foi relacionado um texto do jornalista Rogério Galindo, que apontava o fato de Cida deixar Beto Richa fazer assinaturas fake em documentos oficiais. Na interpretação do MP, Richa “anuiu e tirou proveito dos abusos cometidos” pelos prefeitos e pela governadora.

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Rafael Greca, segundo a procuradora, agiu da mesma maneira. No pedido de abertura de investigação, Eloisa Machado afirma que na prefeitura de Curitiba “a divulgação de obras e serviços públicos perderam seu caráter informativo e impessoal, passando a servir indevidamente para a promoção pessoal de futuros candidatos, que atualmente concorrem ao cargo de Senador e Governador do Estado do Paraná”.

Diante desses fatos, a procuradora eleitoral pede a cassação do registro de candidatura de Richa e Cida e inelegibilidade de todos os citados pelo período de oito anos.

Sobre o pedido, a defesa de Beto Richa afirmou que “a ação não tem cabimento, pois eram eventos públicos nos quais o ex-governador foi convidado e neles não praticou qualquer ato oficial”.

A assessoria da governadora Cida Borghetti informou que tomou conhecimento pela imprensa do ajuizamento de ação pelo Ministério Público na qual afirma que a participação do ex-governador do Paraná em alguns eventos e solenidades seria irregular.

Por meio de nota, a assessoria informou que “não houve da parte da governadora Cida Borghetti qualquer atuação em benefício da candidatura do ex-governador”.

“À época, ambos não eram sequer candidatos. A presença em eventos pontuais e públicos não teve finalidade eleitoral. Os devidos esclarecimentos serão prestados após a notificação, visando demonstrar a improcedência da ação”, diz a nota.

Já assessoria de Rafael Greca informou que o prefeito não foi notificado do pedido do Ministério Público.

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