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Ex-governador Beto Richa (PSDB) (Foto: Marcelo Andrade)
Ex-governador Beto Richa (PSDB) (Foto: Marcelo Andrade)| Foto:

Na avaliação da defesa do ex-governador Beto Richa (PSDB), o pedido de cassação de sua candidatura ao Senado Federal é “absolutamente desproporcional”. O pedido foi feito na segunda-feira (27) pela Procuradoria Regional Eleitoral. Segundo o documento assinado pela procuradora Eloisa Helena Machado, Richa teria se aproveitado de eventos oficias do governo do Paraná e da prefeitura de Curitiba para promover sua candidatura.

“Esses eventos aconteceram fora do período eleitoral. Quem acompanhou os eventos sabe que nunca foram tratados assuntos de campanha nesses eventos e, principalmente, que esses eventos eram públicos e abertos. O Beto nunca participou deles como governador do estado, nunca praticou nenhum ato oficial, administrativo, que poderia dizer que ele poderia estar governando mesmo fora do governo”, disse o advogado Luiz Eduardo Peccinin.

Para Peccinin, a presença de Richa nesses eventos é natural, já que ele esteve no governo por quase oito anos e faz parte do grupo político que o sucedeu.

“Isso, inclusive, jamais foi contestado antes do período eleitoral. É uma surpresa para nós que isso tenha sido trazido justamente agora no período de campanha e, ao nosso ver, em um pedido absolutamente desproporcional, que é a cassação e a decretação de inelegibilidade dele, da Cida [Borghetti] e do prefeito [Rafael] Greca em atos que na verdade não tem nenhuma comunicação com a campanha eleitoral.

Na avaliação de Peccinin, a ação do MP decorre de denúncia do MDB, que na semana passada apresentou um pedido de impugnação à candidatura de Richa com base nos mesmo fatos narrados pela Procuradoria Eleitoral.

“O que a gente vê ali é que ambas ações tiveram origem no mesmo grupo político que quer criar um fato político para desgastar a campanha do Beto”, afirma Peccinin.

Cassação por condenação no TJ

A defesa de Richa também apresentou seus argumentos sobre outro pedido de impugnação da candidatura feito pelo Ministério Público Eleitoral, desta vez com base na condenação que o ex-governador sofreu no Tribunal de Justiça por ter feito uma parada de dois dias em Paris em uma viagem custeada com dinheiro público.

Segundo Peccinin, não se pode condenar alguém por improbidade administrativa em ação popular. Além disso, como Richa não está com os direitos políticos suspensos, os dispositivos da Lei da Ficha Limpa não se aplicam ao ex-governador.

Confiante, Peccinin disse que a estratégia “é agilizar o máximo possível esse julgamento para que o Tribunal já se manifeste quanto a candidatura do Beto e a campanha possa transcorrer na absoluta normalidade.

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