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Provas coletadas na operação Rádio Patrulha (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
Provas coletadas na operação Rádio Patrulha (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)| Foto:

No começo da manhã desta terça-feira (11), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, deflagrou a operação Rádio Patrulha. No mesmo momento, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deram início a 53ª fase da operação Lava Jato. As duas ações eram distintas e independentes, mas como os alvos eram políticos e empresários ligados ao grupo do ex-governador Beto Richa (PSDB), as duas operações se encontraram em pelo menos quatro endereços.

Tanto o Gaeco como a Lava Jato amanheceram nas casas de Beto Richa; do irmão dele, Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura; do ex-chefe de gabinete do governador, Deonilson Roldo; e do ex-secretário de Cerimonial do governo, Ezequias Moreira.

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Procuradores que participaram das ações disseram ter ficados surpresos com a coincidência de datas e locais de busca. Apesar do susto, um procurador que participou das buscas relata que a situação se desenrolou sem embaraços. Ao perceberem a coincidência, os coordenadores das duas investigações se comunicaram e decidiram qual estratégia seria seguida.

A princípio, nos alvos em comum ficou definido que a Polícia Federal assumiria as buscas e o Gaeco ficaria com o que não interessasse para a Lava Jato, mas que pudesse ser útil às investigações da Rádio Patrulha. O combinado das duas forças-tarefa, segundo fontes ligadas ao MP-PR, é que posteriormente, o que foi apreendido pelas autoridades federais seja compartilhado com a investigação estadual.

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Segundo um procurador, o que ajudou o espírito de cooperação das duas equipes foi o fato de estarem “com o mesmo propósito de apurar fatos graves”.

Nesta Gazeta, a repórter Katia Brembatti informou que uma fonte ligada à equipe da Lava Jato chegou a aventar que a coincidência poderia ter tido desfecho menos tranquilo. “De forma extraoficial, um integrante do MPF ainda disse que foi sorte a ‘coincidência’ não se transformar em algo pior: um grupo fortemente armado chegando a um lugar e dando de cara com outros policiais, sem saber do que se tratava”, relatou.

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