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Professor Piva, candidato do PSOL ao governo do Paraná (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)
Professor Piva, candidato do PSOL ao governo do Paraná (Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)| Foto:

Desde 2006, quando começou a disputar as eleições no Paraná, o PSOL vem aumentando paulatina e lentamente a quantidade de votos para deputados estadual e federal no estado. Há 12 anos o partido fez apenas 4% dos votos necessários para conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa e 3% do quociente eleitoral da Câmara Federal. Em 2018, chegou a 24% dos votos que precisaria para ter um deputado estadual e a 18% para federal. Faltaram 157,2 mil votos para uma cadeira na Câmara e 80 mil para a Assembleia.

Ainda que o PSOL sempre lance candidato ao governo, o principal objetivo do partido é eleger parlamentares. As candidaturas ao Executivo são uma forma de marcar posição e apresentar as bandeiras da legenda.

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O tom da campanha psolista deixa isso claro. Nas redes sociais do partido são comuns postagens pedindo votos para o Legislativo, insistindo especialmente na necessidade de o partido superar a cláusula de barreira.

Por essa nova regra que passa a valer escalonadamente a partir dessas eleições e segue até 2030, os partidos precisam eleger, em 2018, pelo menos nove deputados federais distribuídos em nove estados, ou então ter obtido 1,5% do total nacional de votos válidos, também distribuídos em pelo menos nove estados, com 1% dos votos válidos em cada estado.

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Caso esse resultado não seja atingido, as legendas deixarão de ter acesso, entre outras coisas, ao fundo partidário e ao horário de propaganda de TV. A contagem oficial do TSE em relação à cláusula de barreira ainda não foi concluída.

Nas eleições deste ano, o PSOL insistiu no discurso de oposição que tem sido sua marca em todas as disputas estaduais. Nos debates, Professor Piva, candidato do partido ao governo do estado, assumiu o protagonismo nos ataques aos candidatos associados à continuidade do governo Richa e com tiradas engraçadas ganhou notoriedade. Entretanto, o discurso parece não ter tido impacto na quantidade de votos do partido.

Ainda que a derrota de Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (MDB) sugiram um desejo de mudança por parte do eleitorado paranaense, a expressiva quantidade de votos dos candidatos bolsonaristas no estado evidencia que o principal caminho dessa mudança foi à direita, não à esquerda, onde está o PSOL.

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