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Renato Feder, ao centro, Secretário de Educação.  (Foto: Rodrigo Félix Leal)
Renato Feder, ao centro, Secretário de Educação. (Foto: Rodrigo Félix Leal)| Foto:

No fim da manhã de sexta-feira (11), o blog publicou um texto com base em um livro escrito por Renato Feder, secretário de Educação do Paraná nomeado pelo governador Ratinho Junior (PSD). Na obra escrita em 2007, Feder defendia o voucher – modelo em que o governo repassa dinheiro para as famílias pagarem escolas privadas. Em contato feito após a publicação do texto, o secretário disse não defender mais o formato.

Ele relatou ter mudado de opinião após ter se dedicado a estudar com profundidade o tema da educação e ter constatado que as evidências empíricas, especialmente as do modelo chileno e americano, não revelam haver vantagens para o aprendizado na adoção desse formato.

“Eu acredito tranquilamente, firmemente, que ensino público tem condições de entregar ensino de excelência. Não vou privatizar, não vou terceirizar e não vou fazer voucher”, afirmou Renato Feder.

O secretario elencou ainda quatro pontos que serão prioritários em sua gestão. Esses pontos, explica, são comuns aos estados que tiveram maior evolução nos indicadores educacionais.

Segundo Feder, a primeira coisa que todos os estados que subiram no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) fizeram foi motivar os professores da rede pública a darem boas aulas.

“O estado do Paraná num dia letivo normal dá aproximadamente 200 mil aulas. Para que elas sejam boas, o professor precisa estar motivado, precisa querer, precisa estar comprometido. Para isso, várias coisas precisam acontecer, entre elas, o diretor e o coordenador pedagógico precisam ser bons líderes, precisam se preocupar e valorizar os professores. Se o professor se sente apoiado, valorizado, aí ele tem mais motivação para dar uma boa aula”, argumenta Feder.

A segunda mudança que será proposta com base no desempenho dos estados no IDEB é a elaboração de um material próprio e comum para a rede de ensino do Paraná. Esse material deve levar em conta as novas diretrizes da Base Nacional Curricular Comum.

Atualmente cada escola escolhe o livro didático.  Os estados que mais melhoraram no IDEB construíram o seu próprio material escolar. Goiás fez isso; Espírito Santo fez isso e nós vamos fazer isso no Paraná. É um trabalho que demora um ano e que eu quero fazer neste primeiro ano.

O terceiro ponto destacado pelo secretário é uma atenção maior à frequência dos alunos às aulas. Nesse aspecto, Feder citou mais uma vez o exemplo do Espírito Santo. No estado, toda vez que o aluno falta a uma aula a família é avisada.

A última iniciativa apontada pelo secretário é o plano de mandar alunos da rede pública para fazer intercâmbio no exterior, proposta apresentada por Ratinho durante a campanha. Serão enviados os alunos com melhor desempenho e, na visão de Feder, eles, ao retornarem, poderiam influenciar positivamente os demais colegas.

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