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Senadores Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
Senadores Alvaro Dias e Oriovisto Guimarães, ambos do Podemos (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)| Foto:

O Senado Federal reagiu com força à determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de censurar uma reportagem da revista Crusoé que apontava que era a ele que se referia o apelido “amigo do amigo de meu pai”, identificado em e-mail de Marcelo Odebrecht. Além de manifestações em plenário feitas por diversos parlamentares, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-CE) foi além e está capitaneado a abertura de um pedido de impeachment contra Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

“Na próxima semana também vamos protocolar o pedido de impeachment contra os ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes, pela prática de crime de responsabilidade, com flagrante abuso de autoridade. O inquérito que Tofolli instaurou para investigar fake news é ilegal e as ações que estão sendo perpetuadas por Moraes também são inconstitucionais”, afirmou.

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Apesar de criticarem a postura dos ministros e defenderem investigações sobre eventuais abusos cometidos, os senadores do Paraná não antecipam seus posicionamentos sobre o pedido de impeachment.

O senador Alvaro Dias (Podemos) afirmou que o Supremo Tribunal Federal deve ser o guardião da Constituição, mas o que se vê “é uma afronta à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão”

“Eu creio que qualquer pedido de impeachment, tendo sustentação jurídica, deve ser submetido ao plenário do Senado Federal. Não discuto mérito, não antecipo julgamento. Seria prejulgar, mas defendo a deliberação sobre esses pedidos de impeachment, em respeito àqueles que o propõe (…) A gaveta não é solução. Não é o melhor caminho. Acho que solução é submeter ao plenário do Senado Federal”, afirmou.

Oriovisto Guimarães (Podemos), disse enxergar com muita preocupação as últimas medidas tomadas pelo presidente do STF e pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele entende que a censura à imprensa e à comunicação entre as pessoas pelo Whatsapp atenta contra valores fundamentais da democracia.

Quanto à possibilidade de impeachment, o senador defende que não é possível antecipar julgamentos. “Ainda é cedo para a formação de um juízo de valor, mas caberá ao Senado Federal uma análise mais profunda dos fatos”, disse.

Mais econômico no posicionamento, Flavio Arns (Rede) reiterou que defende a instalação da CPI Lava-Toga para investigar abusos do judiciário e afirmou que “a alternativa do pedido de impeachment será tema de novo debate”.

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