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Hooligans russos e Mauro Martin, ex-líder da La Doce, do Boca.
Hooligans russos e Mauro Martin, ex-líder da La Doce, do Boca. | Foto:

Hooligans russos aportaram por Buenos Aires nos últimos dias para fechar um pacto com os barras-bravas argentinos. O objetivo? Ganhar aliados para enfrentar os brigões ingleses na Copa do Mundo da Rússia, entre junho e julho deste ano.

Os russos não foram parar na Argentina por acaso, evidentemente. Querem aproveitar a rixa histórica do país com o Reino Unido, herança da Guerra das Malvinas. E, claro, procuraram parceiros que são “linha de frente” em pancadaria, fora ou dentro de casa.

E “quebrar” os ingleses é o prêmio que os russos querem para ganhar ainda mais respeito no mundo do hooliganismo na Europa. Afinal, partem para cima dos torcedores do país que é o berço dos grupos de violentos do futebol.

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Até então, é a história mais sinistra da Copa. Os hooligans russos não são conhecidos apenas pela violência – são grupos normalmente racistas, homofóbicos e xenófobos. E contarão com o suporte das barras, uma máfia que controla o submundo do futebol argentino.

É uma aliança medonha. Como se Barcelona e Real Madrid se unissem para formar um supertime. Ou, transportando para o mundo do crime, como se Pablo Escobar e Al Capone ajustassem  uma sociedade. Há motivos de sobra para temer pela segurança geral no palco da Copa.

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Desembarcaram na capital argentina sete torcedores do Zenit, de São Petersburgo, da torcida organizada denominada Landskrona. Vieram também hooligans do Dínamo de Moscou e da Estônia. Na cidade, a turma conheceu os barras do Nueva Chicago, San Lorenzo, Vélez Sarsfield e, por fim, do Boca Juniors.

E quando foram a um jogo do Boca na Bombonera que a coisa enroscou. De posse de entradas para sócios, emprestadas por La Doce, os hooligans foram barrados por policiais (foto abaixo). Entretanto, uma visita à delegacia depois e todos estavam jantando com os barras amarelos e azuis.

Crédito: Infobae

Reunidos com Rafa Di Zeo, o capo de La Doce, a barra mais famosa do planeta, conversaram sobre o convênio-porrada. Na pauta, acertos para hospedar os barras argentinos em solo russo, translado para os jogos etc. E, claro, planos para enfrentar os ingleses no Mundial. O site Infobae dá mais detalhes.

O acordo, claro, já está na mira das autoridades. As forças de segurança da Argentina vão enviar para os russos uma lista com 670 nomes de torcedores que já criaram problemas nos estádios e estão proibidos de ir à Copa. A expectativa é que todos sejam barrados nas arenas da Copa.

Dentro dos estádios, comumente, o ambiente é seguro. O problema está lá fora, como os hooligans já mostraram na última Eurocopa, em Paris, em 2016. O temor por uma barbárie está no ar. Resta aguardar e ver o que será feito até lá.

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