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Profissão de homem, profissão de mulher
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Divulgação para a imprensa - www.boys-day.de
Um menino tem aulas sobre costura no Boys Day

Não é rara, em pleno 2012 – quase 2013 -, a opinião de que existem profissões masculinas e profissões femininas. Esta discussão é antiga e persistente, embora as estatísticas provem que eles se dão muito bem em profissões historicamente exercidas por mulheres, quando o contrário também se prova verdadeiro.

Não faz muito tempo, em 2005, o então reitor da universidade estadunidense Harvard, Lawrence Summers, afirmou que “diferenças inatas” entre os sexos explicavam a ausência das mulheres na Ciência. Pouco depois, ele renunciou ao cargo, mostrando que, felizmente, estes comentários já não são tolerados por grande parte das pessoas.

Pouco depois, em 2006, um estudo publicado pela Universidade Cornell também dos EUA, que avaliou dados sobre candidatura a vagas de trabalho, financiamento de pesquisas e publicação de artigos científicos naquele país mostrou que a ausência das mulheres se dava por questões meramente discriminatórias.

Divulgação para a imprensa - www.girls-day.de
Uma estudante aprende sobre mecânica automotiva no Girs Day

O estudo analisou estatísticas sobre o tema num período de 20 anos e mostrou que elas ganhavam menos bolsas de estudos para áreas científicas, não obtinham o dinheiro que pleiteavam para pesquisas e tinham menos chances de serem promovidas para cargos de chefia nesses setores.

Pode-se dizer que o mesmo ocorre com os homens: quando cerram as fileiras de cursos como enfermagem, serviço social ou letras, são vítimas de comentários sobre a sua sexualidade e desconfia-se de sua competência em exercer a atividade, já que cuidar e ensinar pessoas sempre foi um cargo associado ao feminino – e isso explica, inclusive, os baixos salários nessas áreas. Muitas vezes, eles perdem uma oportunidade de emprego devido ao preconceito.

Pois bem, escrevo tudo isso porque, recentemente, tive contato com um material do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha que discorria sobre o ‘Girls Day’ e o ‘Boys Day’, o ‘Dia das Meninas’ e o ‘Dia dos Meninos’, uma espécie de feira de profissões voltada aos estudantes que ocorre todo anos em muitas escolas do país. Algo que vale a pena divulgar.

Divulgação para a imprensa - www.boys-day.de
Aluno tem aulas sobre cuidados domésticos e primeiros socorros no Boys Day

De acordo com o site dos dois eventos, o objetivo é estimular os meninos a entrar em contato com profissões dos setores de saúde, ciências socias e educação. No dia, eles visitam jardins de infância, asilos e centros onde são atendidas pessoas com deficiência. Também têm um dia como floristas, cabeleireiros ou cuidadores, e palestras com esses profissionais.

No caso das meninas, é a mesma coisa. Elas visitam montadoras de automóveis, empresas de Tecnologia da Informação e da Comunicação, de Logística, laboratórios e centros de pesquisa de áreas como genética, biotecnologia, nanotecnologia e afins. Também são colocadas em contato com empresas que têm como política contratar mais mulheres na área.

No ano passado, de acordo com o material que recebi, 150 mil alunos e alunas participaram da feira. Em 2013, o evento ocorrerá no dia 25 de abril, e em 2014, no dia 27 de março. Pelo que vi pelo site, o evento é algo grandioso, e que já está sendo ‘copiado’ em outros 12 países do continente. Uma iniciativa empolgante que mostra por que a Alemanha está entre os mulheres países para uma mulher viver, de acordo com a ONU.

Não é uma super iniciativa? Você conhece esse evento? Ou algum outro parecido? Compartilhe com os outros leitores!

Conheça mais sobre o Girls Day e sobre o Boys Day

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