Convite sedutor, entre jazz e vinho

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A ideia parece ótima, juntar em um mesmo evento música, nesse caso o jazz, e o vinho. Duas coisas capazes de gerar paixões, discussões intermináveis e quase sempre muito prazer. É esse o objetivo do Festival Internacional de Vinho e Jazz que acontece no sábado no Teatro Ópera de Arame.

A parte musical vai ficar a cargo de três atrações internacionais. Christian Brenner (França) deve apresentar um show baseado em seu CD “Les Belles Heures”, enquanto Shuffle Demons (Canadá) é uma banda que traz um som onde mistura funk jazz e rap em uma performance bastante animada e teatral. E por último David Bennet Cohen Blues Band (EUA), que fez parte da banda americana dos anos 60 Country Joe and the Fish e conta em seu currículo ter tocado com nomes como Jimi Hendrix e Mick Taylor (ex-Rolling Stones).

A banda canadense Shuffle Demons

Como as apresentações musicais devem durar em torno de uma hora cada uma, nos intervalos entre uma atração e outra, serão apresentados vinhos para degustação e comercialização pela Adega Boulevard. E mesmo durante as apresentações taças de vinhos poderão ser compradas dos garçons que estarão circulando pelos corredores e, excepcionalmente neste evento, consumidas na área de plateia. Ou seja o formato do evento parece ser muito mais interessante do que apenas um show, ele tem a característica de buscar interação e movimento entre as pessoas.

Os ingressos podem ser adquiridos para apenas uma das apresentaçōes citadas ou um passaporte que dá acesso a todos os shows da noite. O festival já passou por Florianópolis, Joinville e Porto Alegre.

O local do festival: a bela Ópera de Arame

A Ópera de Arame está belíssima, com uma iluminação que destaca o verde a sua volta e dá

David Bennet Cohen Blues Band

notoriedade a arquitetura do lugar. Fazia tempo que eu não ia à um espetáculo lá, até que no final de semana passado tive a oportunidade de assistir a banda americana de metal progressivo Dream Theater e me surpreendi não só com a beleza do local mas principalmente com a melhora da qualidade acústica, que durante muito tempo foi um grande problema do teatro.

Segundo Gabriela Camargo, responsável pelo departamento de Marketing do Parque das Pedreiras, “a revitalização pela qual passou o Teatro Ópera de Arame incluiu um cuidadoso trabalho de refinamento acústico, como a troca de todo o policarbonato que cobre o teatro e também de todo o mobiliário, o que resultou por exemplo, que o nível de reverberação que era de 6,8 segundos fosse para 1,3 (similar ao nível do Teatro Guaíra). O que fez com que a casa recebesse elogios até mesmo dos exigentes Caetano Veloso e Gilberto Gil durante a passagem deles por Curitiba”.

Termino o texto praticamente como comecei, ou seja a ideia é ótima, tomara que os realizadores do festival consigam suprir todas as expectativas que um evento com nome tão sugestivo e suntuoso como “Festival Internacional de Vinho e Jazz” causa aos amantes dos dois assuntos em questão.