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Os “garotos” dos Rolling Stones em Montevideo
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7:15 da manhã, segunda-feira, 15 de fevereiro. Meu despertador toca mais cedo que o de costume e, meio encabulado, tenho que admitir: nesse momento meu sono era maior que qualquer outra motivação. Mas ok, o motivo é quase impossível ter melhor: Rolling Stones em Montevideo!

 

Chego no Afonso Pena no horário, lógico que sem café da manhã, em casa  não deu tempo.

Surpresa boa! Chegar no embarque e ver que finalmente a ala nova do aeroporto está em operação (eu quis dizer funcionando, não pronta, mas ok, apesar de ter sido planejada para a Copa um dia vai ficar bem legal, assim espero).

Um misto quente e um expresso depois, sou outra pessoa, pronto para dar início a mais uma viagem “em busca da batida perfeita” (parafraseando Marcelo D2). (Minha trilha sonora durante o voo foi o excelente disco recém lançado por Keith Richards: “Crosseyed Heart”.)

O Uruguai inteiro tem pouco mais que a população da grande Curitiba (cerca de 3,4 milhões de pessoas), o que confere a sua capital Montevideo quase a aparência de uma cidade do interior do Paraná ou Rio Grande do Sul. Uma cidade de ritmo lento, vento constante e construções seculares.

Cheguei na véspera do show, para ter um tempo de conhecer um pouco a cidade e ir a alguns restaurantes indicados por amigos, afinal viagens para shows ficam mais completas se tiverem boas dicas para serem conferidas.

Conto as dicas depois. Vamos ao que interessa, o show dos Rolling Stones! E eu não tenho outra palavra para dizer a não ser: “IMPRESSIONANTE”. Foi muito melhor que qualquer expectativa que eu tivesse. Não quero usar frases feitas, mas realmente eles parecem garotos se divertindo no palco. A energia da banda com sua sucessão de hits é contagiante, e por que não dizer, emocionante!

Clássicos do rock, um após outro, mais de duas horas de música e na plateia pessoas de todas as idades, que praticamente lotavam o gigantesco Estádio Centenário. Dessa vez a banda abriu mão de usar grandes recursos cênicos ou técnicos. Eram apenas telões, os músicos e muito Rock’ Roll da melhor espécie.

Aliás, confira aqui o set list (foto do site da banda):

Para alguns, gostar de Rolling Stones parece ser muito mais que um mero gosto musical, chega a ser um estilo de vida, e que pode passar de pai para filho. Tenho certeza de que quem comprou ingressos para ir aos shows no Brasil não vai se arrepender, o show é fantástico até mesmo para quem não seja grande fã da banda. Não tem como não ser contagiado pelos clássicos como “Satisfaction” ou “Wild Horses” ou ainda ouvir Keith Richards cantando “Slipping Away”, do album “Striped”.

Quanto a experiência de sair do Brasil para assistir um show em Montevideo, foi interessante, mas se tiver que fazer isso novamente, ainda prefiro ir a Buenos Aires. A organização do evento deixou muito a desejar. Filas imensas para entrar no estádio e dificuldades na hora de pegar o ingresso me desestimulam a voltar. Além dos preços no país, que para nós brasileiros estão muito acima dos que temos por aqui. Por exemplo uma Coca Cola lata em torno de dez reais.

Logo mais estou voltando pra casa. E valeu muito, valeu cada segundo!

Vida longa aos jovens senhores do Rock e viva os Rolling Stones!

Abaixo, algumas fotos que fiz no show:

Em tempo… Aproveito para dar algumas sugestões para quem vier a Montevideo (ainda estou aqui, acabei de chegar do show – terça-feira, 16 , meia noite). Um bar e restaurante que eu gostei muito de conhecer foi o Tabaré, uma viagem no tempo (na verdade o lugar é melhor que a comida, mas valeu). Um restaurante para voltar foi o Francis, excelente em todos os sentidos (melhor reservar), e o outro é o El Palenque que fica no Mercado del Puerto, servindo pratos típicos de maneira rústica e genuína, imperdível! E se alguém falar para vocês irem tomar um café na cafeteria Café Brasileiro, não percam tempo.

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