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Você sabia que roxo é a cor do mês de maio?

Em 19 de maio comemora-se o World IBD Day (Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal – DII) e o mundo todo celebra o Maio Roxo, cujo objetivo é informar e conscientizar a população sobre DII, Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa, para que possamos conhecer a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A DII não apresenta uma causa definida e muitos fatores podem estar associados ao seu surgimento: predisposição genética, alteração do sistema auto- imune, fatores ambientais, etc. A doença pode ser agravada pelo stress, tabagismo, tratamento ou alimentação inadequados. Ela afeta o sistema digestivo provocando mal estar geral, dor abdominal, diarréia e sangramento. Quando aparecem na infância levam a problemas no crescimento. Podem aparecer lesões na região anal, como fissuras, fístulas e abscessos. Alguns pacientes apresentam manifestações nos olhos, nas articulações (juntas), pele, etc. No início da doença os sintomas não são característicos dificultando o diagnóstico, os sintomas variam de leve a graves e podem causar grande impacto tanto físico quanto psicológico.

Doença de Crohn e Retocolite não tem cura, porém podem ser controladas clinicamente permitindo que o paciente tenha uma vida ativa. Os pacientes em geral apresentam “crises”, fase em que a doença está ativa ou recidivada, e períodos em que a doença praticamente desaparece, quando há pouco ou nenhum sintoma, chamada de fase de remissão. O número de crises e períodos de remissão é muito variável e depende da gravidade da doença e da adesão ao tratamento. Muitas vezes em períodos de remissão o paciente sente-se curado e abandona o tratamento buscando auxílio médico somente quando surge nova crise. Esse tipo de comportamento piora o prognóstico, dificulta que se estabeleça um plano terapêutico adequado propiciando a progressão da doença.

A nutrição adequada é fundamental para a melhora do quadro clínico e boa evolução da doença. Thaísa Stavitzki, Nutricionista Funcional da Nutrilavie e do Incigap – Instituto de Cirurgia e Gastroenterologia do Paraná, é adepta do programa 4R’s. Ela destaca que os pacientes que seguem o 4R’s melhoram não somente dos transtornos digestivos, mas todo o funcionamento do organismo é beneficiado. O programa 4R’s preconiza:

1 – Remover os irritantes gástricos: produtos industrializados, ricos em açúcar, gorduras e farinhas refinadas.

2 – Recolocar enzimas digestivas: oferecer alimentos que favoreçam o funcionamento das enzimas ou suplementá-las.

3 – Reparar a mucosa: oferecer através de alimentação ou suplementação os nutrientes necessários para melhora da mucosa, como por exemplo grãos integrais, frutas, verduras e legumes frescos. Esses alimentos tem papel fundamental na integridade da mucosa, equilíbrio da microbiota e formação das fezes.

4 – Reinocular probióticos: suplementos probióticos (bactérias do bem) que ajudam a reduzir a inflamação e melhorar a imunidade. Para aumentar o crescimento de probióticos intestinais podemos usar alimentos prebióticos: biomassa de banana verde, chicória, cebola, aspargos, etc.

Thaísa lembra que os pacientes devem ser frequentemente reavaliados e o plano alimentar deve ser individualizado e revisto a cada fase da doença.

Os medicamentos reduzem os sintomas, cicatrizam as lesões, evitam as complicações melhorando a qualidade de vida e não podem ser descontinuados. Em alguns casos a cirurgia é necessária, principalmente quando o paciente apresenta complicações da doença como estenoses (estreitamentos) do intestino, perfuração ou mesmo quando o tratamento clínico não consegue controlar os sintomas.

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Doenças crônicas pedem acompanhamento multidisciplinar: na DII psicólogos, nutricionistas, gastroenterologistas e proctologistas devem agir em conjunto para obter melhor resposta terapêutica. Lembre-se que adaptações em seus hábitos de vida, alimentação e bem estar são fundamentais para diminuir as complicações e permitir uma vida plena e muito produtiva. Se você tem ou conhece alguém portador de DII procure estar sempre informado a respeito da doença.

www.abcd.org.br

www.dii.com.br

https://vimeo.com/117266578

Por Danielle Kiatkoski

 

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