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Síndrome do Intestino Irritável
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Dor abdominalDor, desconforto e distensão abdominal são sintomas comuns em pacientes com Síndrome do Intestino Irritável (SII). Temos um ótimo caso de paciente com SII na comédia romântica “Quero ficar com Polly”. No filme Ben Stiller passa o maior sufoco pelos hábitos alimentares e vida desregrada da Jennifer Aniston. Ele é um exemplo típico: urgência evacuatória, diarreia, desespero por um banheiro e gases, muitos gases! Mas a SII é sempre assim? Não! A diversidade de sintomas é bastante frequente o que pode muitas vezes dificultar o diagnóstico.
A SII é uma doença funcional, ou seja, há uma alteração do funcionamento do intestino que não pode ser detectada por exames. O paciente apresenta uma sensibilidade exacerbada a situações normais que pode ser desencadeada por determinados alimentos ou situações de estresse ou ansiedade. A SII é muito comum, atinge cerca de 10-15% da população mundial com predomínio em mulheres entre 25-50 anos. Evolui de forma crônica e recorrente e os sintomas apresentam intensidade variada e podem interferir na vida social e até mesmo acarretar problemas psicológicos.
A característica da SII é dor ou desconforto abdominal associado à alteração do hábito intestinal, pode ocorrer diarreia, constipação (intestino preso) ou alternância entre diarreia e constipação. Em geral a dor ou o desconforto são minimizados após a evacuação ou eliminação de gases. É importante salientar que os sintomas são desconfortáveis, porém a SII não evolui para doença mais grave. O diagnóstico é feito através da história clínica e exame físico, já que nenhum método diagnóstico comprova a SII. Os exames complementares (sangue, fezes, Endoscopia Digestiva, Colonoscopia, etc.) são úteis para se descartar outras patologias que possam apresentar clínica semelhante.
O tratamento tem maior índice de sucesso quando o paciente entende sua doença e passa a identificar quais os fatores desencadeantes. O bom relacionamento médico-paciente é fundamental e a abordagem inicial visa reduzir o estresse, oferecer apoio psicológico e dirimir as dúvidas em relação à doença. As orientações dietéticas devem ser individualizadas, evitando os alimentos que possam desencadear os sintomas. Existem muitas possibilidades de tratamento medicamentoso e deve-se considerar a intensidade, frequência dos sintomas e quais deles predominam (diarreia, dor, constipação, etc.). A eficácia dos medicamentos é variável de indivíduo para indivíduo e, portanto o acompanhamento clínico é tão importante após a prescrição. Muitas vezes os sintomas são negligenciados pelos pacientes e a SII demora a ser diagnosticada. Não deixe que a SII altere sua qualidade de vida, procure seu gastroenterologista!

Por Danielle Kiatkoski

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