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Peixe do dia, batgata-salsa, dashi e legumes, um dos pratos principais do novo cardápio do Restaurante Igor. (Fotos/ Anacreon de Téos)
Peixe do dia, batgata-salsa, dashi e legumes, um dos pratos principais do novo cardápio do Restaurante Igor. (Fotos/ Anacreon de Téos)| Foto:

Chef Igor Marquesini, completando um ano à frente de sua casa própria. (Foto/ Divulgação)

Nem bem completou um ano e está tudo virado de pernas pro ar no Igor Restaurante. Irrequieto e criativo, o chef Igor Marquesini não se contentou em acrescentar pratos novos ao seu cardápio, que já era muito bom. Simplesmente mudou tudo, mesmo com o choro de alguns clientes que fizeram torcida para a manutenção de alguns dos pratos consagrados já no primeiro ano de funcionamento. Restaram alguns itens isolados, presentes neste ou naquele prato, nada mais.

Mas Igor é assim mesmo, um caçador de desafios. Foi assim desde o início, quando decidiu entrar nessa vida de cozinheiro, trabalhado nos restaurantes Amaranto e Gardeno, para depois integrar a equipe administrativa do Madero. Queria mais e seguiu para a Itália cursar o ICIF (Italian Culinary Institute for Foreigners). E também por lá, passou pelo restaurante Piccolo Lago (2 estrelas Michelin), em Verbania, no Piemonte (próximo de onde estudou), e de lá partiu fazer algumas matérias específicas no Ice (Institute of Culinary Education), em Nova York, onde desfrutou um período trabalhando no restaurante Annisa (1 estrela Michelin).

De volta a Curitiba, integrou por três anos a equipe do Manu até decidir, aos 26 anos, montar seu próprio restaurante. Ao lado da noiva Aline, companheira de todas as ocasiões, inclusive no dia a dia do trabalho. Ele na cozinha, ela, simpática e eficiente, no salão.

E assim, juntos, solidificaram a base e o nome do restaurante, a ponto de poderem ousar na mudança dos pratos oferecidos. E o que vem de novo é compensador. Menu enxuto, como já era o anterior, com a possibilidade de o cliente pedir pelo prato em si (cada qual com seu valor individual) ou montar sua sequência, escolhendo cada etapa da refeição. O que, aliás, sempre considero a melhor pedida. Ainda mais pelo valor proposto, R$ 138, com direito, ainda, a um snack e a uma pre-sobremesa.

Os.tra e ponzu – snack

Carne crua, pepino, mostarda e gema – entrada.

Carne crua, pepino, mostarda e gema – entrada.

Camarão, bottarga, cenoura e garganelli – prato principal.

Porco, batata-doce, legumes – prato principal.

Short rib, couve-flor, vagem e glace – prato principal.

E tem um detalhe interessante. O cliente escolhe os três pratos e daí opta por uma das quatro figuras impressas na parte de baixo do menu, um jogo de cores. Conforme a figura escolhida, vem um snack e uma pre-sobremesa. São propostas que mudam sempre. Agora, de momento, o que tem lá são:

Porco (rosa) – snack: sanduíche de porco e pré sobremesa: sorbet de goiaba e queijo de leite cru.

Abacate (verde) – snack: tempurá de peixinho da horta, guacamole e tartar de camarão e pré sobremesa: sorbet de abacate com castanha do Pará.

Pupunha (amarelo) – snack: pupunha assada e glaciada com suco de pupunha e pré sobremesa: sorbet de manga assada na brasa.

Ostra (cinza) – snack: ostra com ponzu de ostra e pré sobremesa: sorvete de gergelim preto e cookies.

No cardápio, três opções de entrada: Salada de pato defumado, coalhada doce, melão e folhas; Carne crua, pepino, mostarda e gema e Muçarela defumada, folhas e legumes.

Os pratos principais são oito, variando entre massas, pescados e carne. As massas são: Tortelloni de frango e noisette, Nhoque com brócolis e bacon e Mezzalunna de abóbora e ricota. Do mar, Camarão, bottarga, cenoura e garganelli, Polvo, grão-de-bico, gremolata e coalhada e Peixe do dia, mandioquinha (batata-salsa, para os curitibanos), dashi e legumes.

Das carnes, uma de boi e outra de porco – Short rib, couve-flor, vagem e glace (demi glace) e Porco, batata-doce, legumes e glace.

Três sobremesas: Abóbora, café e pão, Chocolate, morango e batata e Juçara, banana e caramelo.

Abóbora, café e pão – sobremesa.

Assim como nos demais pratos, as sobremesas definem apenas os ingredientes principais utilizados – o que tem sido uma tendência em menus de chefs modernos nos dias de hoje. A sobremesa de abóbora, por exemplo, tem doce de abóbora, abóbora na cal, sorvete de café e um sonho, compondo o conteúdo todo. Na de chocolate, além da combinação clássica com o morango, tem batata, sim. Um creme de batata que é desidratado por umas seis horas em temperatura baixa e depois frito, quase como um chip.

As combinações de Igor Marquesini são assim, que parecem beirar o inusitado mas oferecem um sabor final irrepreensível. E valem cada prato, cada mordida, cada expectativa pela próxima atração que poderá vir. E que certamente virá para surpreender.

(Em tempo: os pratos fotografados estão em tamanho reduzido, pois este blogueiro não se contentou apenas com a sequência de três e quis experimentar mais e mais. E aí vieram menores, claro. Os que são servidos normalmente têm tamanho adequado à demanda)

Chocolate, morango e batata – sobremesa.

Igor Restaurante

Rua Gutemberg, 151 – Batel

Fone: (41) 3014-0906

E-mail: contato@restauranteigor.com.br

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