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Lombo de cordeiro no carvão vegetal, mousseline de abóbora e farofa da casa - a inovação com ingredientes da moda e sabor de sucesso. (Foto/ Divulgação)
Lombo de cordeiro no carvão vegetal, mousseline de abóbora e farofa da casa - a inovação com ingredientes da moda e sabor de sucesso. (Foto/ Divulgação)| Foto:

Camarão com chuchu, na livre interpretação do chef Ivan Lopes. Com quinoa, quiabo e um pesto de taioba. (Foto/ Divulgação)

Gosto de chef criativo, irrequieto, que não se contenta em se acomodar sobre os louros do sucesso, por mais que este esteja lá nos patamares de cima. Cozinhar é uma arte e os artistas precisam sempre se renovar, evoluir, decolar para novas experiências.

Por essas e outras, vibro quando fico sabendo de novidades e lançamentos em cardápios autorais. É a experiência do contato com o novo e tudo o que ele possa representar. Das cores, das texturas e dos sabores.

Ivan Lopes na Horta do Chef, em Curitiba, onde ele colhe para suprir seu restaurante. (Foto/ Divulgação)

E foram exatamente esses fatores que me levaram ao Mukeka, dias atrás (fazia um bom tempo que não aparecia por lá). Ivan Lopes tinha incluído pratos novos no seu já aplaudido cardápio e ali estava uma boa oportunidade de provar alguns deles. Não que fossem inteiramente novos. Alguns, sim, mas em outros o toque diferencial poderia ser na guarnição, no molho, nos complementos. Mas, de qualquer maneira, todos com novidades.

Começamos pelos beliscos, claro. Com uma deliciosa Carne de sol com farofa de Morretes e picles de cebola (R$ 29). Carne de sol, diga-se, feita lá mesmo, a partir da maciez do miolo da alcatra. Também chega agora o Palmito pupunha na manteiga de garrafa e limão (R$ 36), que é um afago do chef nos vegetarianos. Juntam-se aos tradicionais Dadinho de tapioca, Ceviche de carne de sol, Espetos de polvo com batata-doce e pimenta e a Língua defumada com purê de batatas e picles de cebola roxa – esse um dos melhores que provei nos últimos tempos.

Carne de sol com farofa de Morretes e picles de cebola. (Foto/ Anacreon de Téos)

Bohecha bovina com purê de cará. (Foto/ Anacreon de Téos)

Crème brûlée com rapadura. (Foto/ Anacreon de Téos)

Dentre as novidades incluídas no rol dos pratos principais, o que chama a atenção é o Camarão com chuchu (R$ 99). Mas não aquele tradicional prato carioca, um ensopado a unir os dois itens. O que Ivan Lopes apresenta, pra começar, tem o chuchu grelhado (depois de cozido) e o camarão é salteado. De acompanhamento, quiabo (também grelhado), uma espécie de farofa de quinoa vermelha e um incrível pesto de taioba. Entrou também no menu a Bochecha bovina Angus (R$ 49), que é servida com purê de cará e molho roti e, depois do lento cozimento à baixa temperatura, vem se desmanchando de gostosa.

O que mais intrigou desde a primeira vez que vi foi o Lombo de cordeiro no carvão vegetal, mousseline de abóbora e farofa da casa (R$ 69). Vi  a foto que o chef publicou numa rede social e já tentei imaginar como seria. O carvão vegetal (que na realidade não é carvão) tem sido o queridinho dos cozinheiros dos tempos de agora e Ivan Lopes não poderia deixar de entrar na onda. No prato, ele reveste o lombo de cordeiro no carvão, antes de finalizar. E ainda faz um tuíle com o ingrediente. A abóbora dá o toque levemente adocicado e tudo se completa.

Entre as sobremesas, Crème brûlée com rapadura (R$ 22) – com a rapadura na composição do creme e não na cobertura para flambar.

Carré de leitão, risoto mulato e crispy de couve. (Foto/ Anacreon de Téos)

E ainda tem mais. Um cardápio à parte, denominado Festival de Verão, que, ao preço fixo de R$ 69, oferece a escolha entre duas entradas, três pratos principais e duas sobremesas. Dos principais, um, particularmente, me encantou: Carré de leitão, risoto mulato e couve crispy. Os carrés vêm macios, suculentos e com a leve e saborosa crosta e o risoto mulato é uma bela sacada, na mistura do arroz italiano com o caldo de feijão mulatinho. Uma reinterpretação, digamos, do nosso tradicional arroz-feijão de todos os dias. E a couve crocante completa dignamente o prato. As outras duas opções de prato principal são: Peixe do dia grelhado, ratattouille à brasileira e molho de moqueca ou Mignon grelhado, queijo coalho e macarrão da vovó (um fettuccine com molho branco e queijo). A escolha do menu do festival dá direito ainda a uma taça de vinho alentejano branco ou tinto – Pé Branco ou Pé Tinto, que é como eles se chamam).

Ah, sim. E domingo tem um mimo especial: acarajé. E não é um acarajé qualquer. Trata-se de um Acarajé com vatapá de siri e vinagrete (4 unidades a R$ 39). Vatapá de siri, gente! E não adianta pedir para o chef incluir no cardápio regular, também durante a semana. Devido ao caldeirão de azeite de dendê, ele acha perigoso manter toda aquela gordura quente no dia a dia do restaurante. Mas tendo domingo já está bom. E não deixa de ser uma atração a mais.

Novidades e novidades, portanto, nas alternativas de comida oferecidas pelo Mukeka. Vale tudo muito a pena, curtindo a inspiração de um dos cozinheiros mais completos que Curitiba teve a felicidade de receber.

Acarajé com vatapá de siri e vinagrete, que só tem no cardápio de domingo. (Foto/ Divulgação)

Mukeka Cozinha Brasileira

Fone: (41) 3156-3028

Rua Machado de Assis, 417 – Juvevê

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Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos

E-mail: a-teos@uol.com.br

 

 

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