• Carregando...
Unidade do Kharina inaugurada em 20 de junho deste ano, no Shopping ABC, em Santo André, São Paulo.
Unidade do Kharina inaugurada em 20 de junho deste ano, no Shopping ABC, em Santo André, São Paulo.| Foto:

Aos 43 anos, a tradicional rede curitibana de lanchonetes Kharina colocou o pé na estrada e vai investir R$ 24 milhões em um plano de expansão que prevê a abertura de pelo menos oito novas unidades até o próximo ano, todas fora do Paraná.

O destino escolhido para dar início à expansão o foi o estado de São Paulo. A primeira unidade, inclusive, foi inaugurada há cerca de um mês no Shopping ABC, em Santo André, e já atingiu o resultado projetado para o sexto mês de operação. Tem o mesmo conceito e o cardápio conhecido dos curitibanos, mas ganhou uma repaginada no visual para desvincular a imagem de uma rede de fast food, algo que o Kharina já foi, mas não é mais, garante Rachid Cury Neto, diretor de operações da marca.

Em setembro deste ano, a rede vai inaugurar outra unidade no Campinas Shopping, na cidade de Campinas, e está negociando a abertura de um terceiro restaurante ainda em 2018, porém, não revela em qual cidade. Em 2019, serão seis novas unidades, três delas em São Paulo e mais três em Belo Horizonte e Brasília. A primeira será aberta no shopping Parque da Cidade, no bairro Morumbi, na capital paulista. Também há negociações no interior do Paraná e de Santa Catarina, porém menos avançadas.

LEIA MAIS >> 10 Pastéis aposta em parceria com Havan e postos para abrir 80 lojas novas

Essa expansão vinha sendo pensada e desenhada há pelo menos quatro anos, conta Rachid Cury Neto, que é filho do fundador do Kharina, o empresário Rachid Cury Filho, e que está à frente do processo de expansão junto com o cunhado, Vinícius Abreu.

“Para poder expandir no formato que a gente queria, tínhamos que achar uma forma de estar presente em outros estados sem perder o conceito e a qualidade que oferecemos aos nossos clientes aqui em Curitiba. Passamos esse tempo organizando a empresa em vários aspectos, dos sistemas à liderança”, detalha Rachid Neto.

Com cinco unidades em Curitiba, quatro delas de rua, o Kharina decidiu fazer diferente na hora de desbravar novos mercados. Todas as novas lojas serão abertas em shoppings no modelo de restaurantes – a marca também tem o Kharina All Day, um formato que oferece um cardápio mais enxuto com autosserviço. Segundo Rachid Neto, o momento econômico favoreceu essa escolha. Diferente de alguns anos atrás, as oportunidades de negociação com as operadoras estão melhores: há mais espaços vagos e os preços de entrada estão mais baixos. “Além disso, entendemos que para expandir para outros estados e cidades, o shopping era a melhor opção porque já oferece uma boa estrutura. Precisávamos estar muito seguros para não queimar a cara, afinal, temos uma história bonita em Curitiba”, diz.

Cuidado de ponta a ponta do negócio

A preocupação com a qualidade e frescor dos alimentos fez com que a rede descartasse, por exemplo, a opção de expandir a rede por meio de franquias porque, segundo Rachid Neto, é mais difícil manter o controle. E também foi determinante para a escolha de São Paulo, e da Região Sudeste, como o destino das novas unidades da rede.

“O entroncamento viário para São Paulo é muito bom, e isso facilitou muito a nossa logística. Não trabalhamos com produtos congelados”, afirma Rachid Neto. A ideia é que os caminhões da rede saiam de Curitiba três vezes por semana levar produtos frescos feitos na fábrica até o recém-criado  centro de distribuição da rede em Santo André.

A fábrica do Kharina – que faz os sorvetes, os molhos, os cortes de carne e os hambúrgueres servidos nos restaurantes, entre outras coisas -, foi construída ao lado da primeira unidade da rede em Curitiba, no bairro Jardim Botânico. Tem capacidade para atender a demanda de até dez unidades da rede, ou seja, ainda opera com folga. “Hoje trabalhamos apenas com um turno, mas a fábrica comporta mais um turno para atender ao crescimento da demanda”, diz Rachid Neto.

Em meio a uma leva recente de novos bares e restaurantes de rua em Curitiba, os chamados gastrobares, o Kharina se mantém firme e forte, aos 43 anos, cuidado de todos os detalhes, de ponta a ponta do negócio. Com um ticket médio de R$ 42, a rede faturou R$ 25 milhões em 2017 e, neste ano, projeta chegar aos R$ 44 milhões. O investimento próprio de R$ 12 milhões na expansão só neste ano deve dobrar em 2019, com a abertura de pelo menos seis novas unidades.

“Depois de 43 anos atendendo um mercado exigente como o de Curitiba, estamos bem confiantes na expansão, diz Rachid Neto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]