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Foto: Divulgação/ Votorantim Cimentos. Fábrica da Votorantim Cimentos em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, é a maior da América Latina.
Foto: Divulgação/ Votorantim Cimentos. Fábrica da Votorantim Cimentos em Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, é a maior da América Latina.| Foto:

A Votorantim Cimentos vai investir R$ 203 milhões nos três estados da região Sul em 2019. Mais da metade desse valor ficará no Paraná, na fábrica de Rio Branco do Sul.

A planta, localizada na Região Metropolitana de Curitiba, é a maior fábrica de cimentos da América Latina e vai absorver cer 60% dos R$ 203 milhões investidos na região no biênio 2018-2019, o equivalente a R$ 121,8 milhões, sendo R$ 28 milhões já aplicados em 2018. A maior fatia dos recursos para a unidade paranaense da Votorantim (cerca de R$ 90 milhões) será aplicada no próximo ano. Ao todo, as sete unidades da região Sul vão receber R$ 146 milhões em 2019.

O aporte na fábrica de Rio Branco do Sul vai potencializar a produtividade da planta, que tem capacidade de produção de mais de seis milhões de toneladas ao ano, volume 50% maior que o consumo de cimento de todo o Chile, por exemplo. Uma fatia importante dos recursos será usada na modernização da fábrica, com a renovação de frota dos equipamentos de mineração e, principalmente, no aumento de combustíveis alternativos ao coque de petróleo, usado nos fornos de produção de cimento, o chamado coprocessamento.

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“Em uma fábrica de cimentos, o equipamento mais importante é forno de clínquer onde, por meio de um processo químico e da mistura de componentes, é feito o cimento. Esses fornos chegam a uma temperatura de 1.000 graus e o combustível que gera esse calor é o coque de petróleo”, explica Edson Araújo, diretor de Operações da Regional Sul da Votorantim Cimentos.

Uma frente muito forte na Votorantim, segundo Araújo, é o investimento na substituição térmica do coque de petróleo por materiais combustíveis alternativos menos poluentes, como madeira, pneus, resíduos triturados de outras plantas, restos de plásticos e embalagens.

A Votorantim Cimentos coprocessa no Brasil cerca de 580 mil toneladas de resíduos, 180 mil toneladas só na fábrica de Rio Branco do Sul, que tem sete fornos em funcionamento e já atingiu quase 40% de substituição térmica, com combustíveis alternativos. Na média nacional da VC, o índice de substituição do coque de petróleo é de 30%.

Só de pneus são 50 mil toneladas de pneus retirados do meio ambiente ou descartados pela indústria anualmente. “A quantidade de resíduos que estamos tirando do meio ambiente é enorme, num esforço grande para tornar a Votorantim uma empresa cada vez mais verde”, diz Araújo.

Mas o aumento da substituição de coque de petróleo por materiais alternativos precisa superar uma barreira. O cloro contido nos resíduos é um limitador da quantidade de resíduos que podem queimados nos fornos porque, quando usado além do limite, gera instabilidade nos fornos, explica Araújo.

“Estamos testando para 2019, na fábrica de Vidal Ramos, em Santa Catarina, um projeto piloto para minerar o cloro que está nos resíduos”. Isso permitiria elevar o porcentual de substituição térmica gradualmente a até 80%.

Fábrica de Rio Branco do Sul é referência regional e global

Segundo Araújo, a unidade de Rio Branco do Sul é referência global para a companhia, usada como uma planta piloto no teste de novas tecnologias que depois são replicadas nas outras unidades da companhia dentro e fora do Brasil. A fábrica foi escolhida para receber a primeira planta de trituração de resíduos,  com capacidade instalada maior do que a fábrica de cimentos terá de absorver esses resíduos.

A região Sul concentra sete fábricas de alto desempenho da Votorantim Cimentos no país, localizadas em Esteio (RS), Pinheiro Machado (RS), Capivari de Baixo (SC), Imbituba (SC), Itajaí (SC), Vidal Ramos (SC) e Rio Branco do Sul (PR). Juntas, essas unidades tem capacidade para produzir 10 milhões de toneladas de cimento por ano, sendo seis milhões só na unidade paranaense.

“A regional Sul da Votorantim ficou muito robusta, com todas as fábricas de alto desempenho alavancadas pela planta de Rio Branco do Sul”.

 

 

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