Sabemos que a saúde financeira não é um privilégio de pessoas afortunadas. O sucesso no lidar com o dinheiro está muito mais ligado ao planejamento e com prioridades do que efetivamente com quanto se ganha. Por isso, não é raro ver profissionais com bons salários e com carreiras consistentes apresentarem problemas nas finanças pessoais.
Mas o que isso tem a ver com carreira? Tudo! Colaboradores que se apresentam na condição de endividados não somente estão em uma condição a qual ele está se prejudicando, mas também acaba afetando todo o círculo de relacionamento, incluindo aqui as atividades no ambiente de trabalho.
Estando endividado, a pessoa pode apresentar problemas na gestão do patrimônio, tem relacionamento no casamento afetado, apresenta dificuldade com os filhos e, claro, com fornecedores. Ou seja, tudo isso faz com que o colaborador esteja presente na empresa de maneira corporal, física, mas não mental e aí é que mora o problema. Além da improdutividade, também fica suscetível a riscos, a não apresentar um bom relacionamento interpessoal e, na produção, por exemplo até riscos de se envolver em acidentes de trabalho devido ao excesso de preocupação.
Não é exagero, é fato. Lideranças e principalmente a área de Recursos Humanos devem ficar atentos a esses ‘sintomas’ e procurar ajudar esse profissional a sair deste ciclo. Mas, o ideal é prevenir para que isso não ocorra. Embora não seja um papel da empresa, a Educação Financeira pode ser benéfica. Criar programas que ofereçam suporte aos funcionários funcionam muito bem em muitas corporações.
Prestando serviços a uma multinacional na região de Curitiba há alguns anos, eu me deparei com um programa como esses. O superintendente da unidade me contou que a área de Recursos Humanos identificou, por meio de pesquisas de clima, que determinadas questões ligadas a remuneração não estavam ‘batendo’, uma vez que a empresa ofertava salários na média e até acima da prática do mercado.
Descobriu-se então que os colaboradores creditavam ao seu salário as mazelas de uma vida financeira pessoal não bem conduzida. A partir disso, o setor de recursos humanos se debruçou em um programa de Educação Financeira na qual as pessoas puderam participar espontaneamente. Mais do que isso, o programa também era aberto para cônjuges, ou seja, a família estava bem assistida. No prazo de um ano a percepção dos colaboradores mudou e a empresa mantém até hoje a ação e afirma que os resultados colhidos foram além do esperado: funcionários mais felizes, produtivos e com saúde financeira adequada.
Se eventualmente você leitor, esteja passando por esse momento em sua vida, não deixe isso lhe abater. Busque saídas: pare, reflita e analise cenários. O importante é não ter vergonha desta condição, converse com o seu chefe e busque orientações no Recursos Humanos. Caso eles não tiverem uma resposta de imediato, ao menos a empresa terá subsidio para começar a entender que, Educação Financeira de Colaboradores também faz parte de uma boa gestão de pessoas e você aliviará o peso do fardo que, momentaneamente, vem carregando.
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