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O que você vai ser quando crescer?
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Todos nós, em algum momento de nossas infâncias, já ouvimos esta questão de algum adulto, parente da família, ou de amigos mais próximos: “O que você vai ser quando crescer?”.  Na pureza da criança, ela acaba por responder por profissões que estão ao seu alcance, inspirando-se nos pais, tios ou naquela profissão que popularmente ganham os holofotes da mídia no momento.

Essa pergunta embora despretensiosa pode ter inúmeras influências nos futuros profissionais. Por isso, é importante ficarmos atentos ao tom dado à indagação quando feita a uma criança. A primeira regra é não pressionar a criança dizendo “você vai ser médico, você será engenheiro ou algo afim”, ou em casos extremos, jamais desmerecer uma possível resposta da criança.  Se você acha que a criança tem uma aptidão, converse com ela sobre essas profissões de maneira lúdica dentro do universo infantil. Esse diálogo vai aguçar a curiosidade.

Por outro lado, é papel dos pais saber qual é a tendência de mercado para as próximas décadas. Hoje, por exemplo, sabemos que a tecnologia da informação é a bola da vez. Então precisamos aproveitar do mundo digital para abrir os olhos dos filhos para que eles possam ir sentido de leve o mercado.

Todo esse apoio pode contribuir para que o adolescente tenha uma decisão mais assertiva quando chegar o momento. Porém, não se pode ficar afoito caso isso não ocorra e a decisão apareça lá na frente. Como consultor de carreiras vi muitos casos assim e nem por isso essas pessoas deixaram de ser excelentes profissionais em suas escolhas ‘tardias’.

Mas, neste contexto eu destaco dois casos que aconteceram na minha própria família. Meu filho, quando criança e adolescente sempre quis ser médico. E assim ocorreu. Formou-se em medicina e atuou por um bom tempo, feliz da vida. Porém, já com uma carreira consolidada, ele decidiu que era momento de trabalhar em outra área. Encerrou a carreira de médico e decidiu atuar na empresa do pai. Hoje, há bons anos, atua na área de recrutamento e seleção e está feliz da vida também.

Também tenho uma neta com 18 anos. Ela é de uma geração que teve todo o acesso a informação com mais facilidade. Hoje ela cursa Direito e Administração. Porém, ainda não definiu em qual área deve atuar. Certamente, com o seu histórico e a vivência universitária vai lhe dar o suporte para a decisão no momento certo.

A lição que fica deste tema é que não existe uma idade certa para a escolha profissional. Tirando os poucos afortunados que já nascem sabendo o que querem fazer, essa decisão vai acontecer aos poucos na somatória de um conjunto de fatores como herança genética, influência da família e círculo de informação. Como adultos, o importante é sempre incentivar e apoiar a criança, o jovem e o adolescente a sempre procurarem informações sobre aquilo que lhe parece legal. O restante é deixar o tempo fazer o seu papel.

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