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Participantes do Congresso Brasileiro de Design Inteligente rejeitam, pelo menos por enquanto, o ensino do DI nas escolas. (Foto: Rafael Sousa/Divulgação)
Participantes do Congresso Brasileiro de Design Inteligente rejeitam, pelo menos por enquanto, o ensino do DI nas escolas. (Foto: Rafael Sousa/Divulgação)| Foto:

Dias atrás, conversamos aqui no blog sobre o 1.º Congresso Brasileiro de Design Inteligente, realizado em Campinas. Os participantes divulgaram, ao fim do evento, um manifesto que trata particularmente do ensino do Design Inteligente (e, de passagem, do criacionismo) nas escolas.

Participantes do Congresso Brasileiro de Design Inteligente

Participantes do Congresso Brasileiro de Design Inteligente rejeitam, pelo menos por enquanto, o ensino do DI nas escolas. (Foto: Rafael Sousa/Divulgação)

 

Segue a íntegra do texto:

Manifesto público da Sociedade Brasileira do Design Inteligente – TDI-Brasil – sobre o ensino da Teoria da Evolução e da Teoria do Design Inteligente nas escolas e universidades públicas e privadas

A TDI-Brasil declara, como sua política educacional, não ser favorável, na atual conjuntura acadêmica, ao ensino da Teoria do Design Inteligente (TDI) nas escolas e universidades brasileiras públicas e privadas, como também nas confessionais.

Nossa posição se fundamenta na opinião atual da Academia, que ainda não acata em sua maioria a TDI e o seu ensino, posição essa que nós da TDI-Brasil, como acadêmicos, devemos acatar.

Outro fundamento de nossa posição contrária ao ensino da TDI nas escolas é a não existência, no quadro educacional atual, de professores capacitados para corretamente ensinar os postulados da TDI.

Entendemos, porém, que os alunos têm o direito constitucional de ser informados que há uma disputa já instalada na academia entre a teoria da evolução (TE) e a TDI quanto à melhor inferência científica sobre nossas origens. Inclusive há outras correntes acadêmicas, além da TDI, que hoje questionam a validade da TE oferecendo uma terceira via.

Quanto ao ensino da TE, a TDI-Brasil defende que este ensino seja feito, porém, de uma forma honesta e imparcial, tanto nos livros didáticos quanto na exposição dos professores em salas de aula. Defendemos que sejam eliminados exemplos fraudulentos ou equivocados atualmente presentes em livros didáticos, e que sejam expostas as deficiências graves que a TE apresenta, e que se agravam a cada dia frente às descobertas científicas mais recentes – o que hoje não ocorre.

Quanto ao criacionismo, na sua versão religiosa e filosófica, por causa de seus pressupostos filosóficos e teológicos, entendemos que deva ser ensinado e discutido, junto com as evidências científicas que porventura o corroborem, em aulas de Filosofia e Teologia, dando a estas disciplinas o seu devido valor no debate sobre as nossas origens.

Chama a atenção, neste momento em que vemos a tentativa de colocar o criacionismo no currículo escolar, que o manifesto rejeita o ensino do DI nas escolas, invocando inclusive a posição minoritária dos seus defensores dentro do mundo acadêmico (posso estar enganado, mas nesse aspecto eles parecem se distanciar de seus colegas norte-americanos). Outro argumento, o de que haveria pouquíssimos professores em condições de ensinar o DI de forma correta, é também usado pelos criacionistas contrários à inclusão desta doutrina nas aulas.

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