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No último dia 27 foi realizado em Curitiba o 1.º Concurso Cachaças do Paraná, promovido pela Associação de Cooperativas e Empresas Pro­dutoras de Cachaça Artesanal de Alambique do Paraná (Aprocapar). Para avaliar a qualidade de 32 cachaças artesanais do estado, foram convocados dez jurados especialistas que, por meio de análise química e sensorial, chegaram ao resultado final do concurso.

A cachaça Alavanca levou a grande medalha de ouro (dada para aquelas com pontuação mínima de 93 pontos), com 95 pontos. Quaty, Cachaça do Su­­doeste Cabriúva e Porto Morretes ganharam a medalha de ouro (dada para cachaças que obtiveram entre 88 e 92 pontos). As bebidas que receberam de 83 a 87 pontos receberam a medalha de prata e as que tiveram entre 80 e 82 pontos ficaram com a medalha de bronze.

Qualidade

O concurso mostra que a bebida está se tornando cada vez mais elitizada e popular. O consumo vem aumentando no país, que produz 1,2 bilhões de litros da bebida ao ano, apenas 1% deles exportados. O Paraná é responsável por 6% da produção nacional e possui cerca de mil produtores de cachaça artesanal, que estão investindo cada vez mais na diferenciação do produto. Uma das apostas é envelhecer a cachaça em diversos tipos de madeira: amburana, cabriúva, ipê e carvalho. “Como nós temos um público exigente, o importante é investir em qualidade”, avalia Agenor Maccari Júnior, especialista em qualidade de cachaça e professor da Uni­ver­sidade Federal do Paraná (UFPR).

Dono de uma adega no Mercado Municipal de Curitiba, a Vô Milano, Heltton Herz Giraderllo afirma que o segredo está na produção: o tempo de envelhecimento e o tipo de madeira em que ela é envelhecida. “A interação da cachaça com a madeira é essencial para definir o seu aroma e a sua cor”, explica.

Degustação

Pela legislação brasileira, cachaça é a denominação exclusiva da aguardente de cana produzida no país, com graduação alcoólica entre 38% e 48%, obtida pela destilação do composto fermentado pela cana-de-açúcar. A bebida pode ser classificada em quatro categorias: adocicada, envelhecida, premium e extra-premium. Cada uma possui um sabor peculiar.

O ritual para degustar uma cachaça segue os mesmos padrões para saborear um vinho. Ao provar uma branquinha, leva-se em conta o visual, o olfato, o gosto e o retrogosto. Segundo Maccari, uma taça é a ferramenta ideal para saborear a bebida, já que evita a evaporação e permite que a cachaça vá até as bordas. Ela deve ser ingerida em uma dose pequena para envolver a língua com o álcool. Depois disso, quando se respira, fica um resíduo na boca, que identifica os sabores: ácido, amargo, salgado e doce. “O retrogosto é definido quando a boca está fechada e o ar é expirado pelo nariz. A sensação quando volta aos pulmões é a prova final da qualidade da cachaça.”

Serviços

Alavanca Cachaça: (43)3254-5371. Cachaça Artesanal do Sudoeste: (46) 3523-0615 e www.coachaca.com.br. Cachaça Quaty: (44) 3528-9927 e www.coper cachaca.com.br. Porto Morretes: (41) 3462-2743 e www.porto morretes.com.br. Cachaçaria Vô Milano (Mercado Municipal de Curitiba): (41) 3092-7585.

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