
A primeira visita oficial do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, no último final de semana, teve um grande banquete que passou longe dos pratos mais típicos brasileiros. Sem churrasco e nem moqueca, a apresentação dele às autoridades americanas teve um Bife Wellington como prato principal, e apenas a sobremesa foi o nosso popular quindim.

O Bife Wellington é considerado um clássico da alta culinária francesa – o Rôti de bœuf en croûte, segundo a Larousse Gastronomique – adotado pela aristocracia britânica, e sempre muito procurado principalmente quando algum restaurante o serve a preços promocionais. Afinal, prepará-lo não é algo fácil e nem barato.
Um bom prato de Bife Wellington não custa menos do que R$ 68,90 a porção individual em alguns restaurantes de Curitiba. É composto por uma peça generosa de filé mignon ao ponto pincelada por mostarda Dijon com patê de foie gras ou lâminas de presunto Parma (dependendo do restaurante) envoltos em uma massa folhada. O segredo maior é a habilidade do cozinheiro em assar tudo isso junto, de uma só vez, sem queimar a massa e sem deixar o filé mal passado.
Apesar disso, o preparo não é tão difícil como pode parecer. Em entrevista recente ao Bom Gourmet, a chef Tânia Campos, do restaurante curitibano Terrazza 40, explicou que o segredo é deixar a carne bem selada para que os sucos naturais do corte não vazem da massa.
Veja o passo a passo do preparo do Bife Wellington com patê de cogumelos e lâminas de presunto Parma.
E também a receita completa do prato para até três pessoas. O preparo leva de 6 a 8 horas.
Origens

Da França à Inglaterra e até mesmo a Nova Zelândia, o Bife Wellington tem várias origens requisitadas pelos chefs destes países. Com exceção da francesa, que seria a receita verdadeira mas sem registros oficiais, todas as outras homenageiam o herói da batalha de Waterloo, na Bélgica, contra as tropas de Napoleão Bonaparte.
A Inglaterra requisita para si a origem do Bife Wellington como uma homenagem ao comandante Arthur Wellesley, que teria sido recompensado com o título de primeiro duque de Wellington por derrotar as tropas napoleônicas. Já a ligação ao país austral seria mesmo pelo batismo de sua capital, em que a receita teria sido criada para uma recepção cívica.
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Origens à parte, a verdade é que o Bife Wellington se tornou um dos pratos mais apreciados da alta culinária – francesa e britânica – e sempre presente em jantares comemorativos.