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“Panela velha é que faz comida boa”. Para muitos vinhos, essa bem conhecida frase pode ser tomada como a mais pura realidade. Afinal, que apreciador nunca sonhou em experimentar um tinto envelhecido por anos em uma legítima barrica de carvalho? Mas, se para alguns rótulos o passar das primaveras só enriquece o sabor –marcando as notas degustativas e aromáticas –, para outros é a jovialidade que garante a sua qualidade.

E é nesse segundo time que se enquadra a maioria dos vinhos brancos, frisantes e espumantes. Ao contrário do que poderiam imaginar muitos amantes da bebida, ela é produzida para que seu consumo seja feito em, no máximo, cinco anos.

“Geralmente vinhos dessa categoria são mais frutados ou trazem notas de vegetais frescos no aroma e sabor. São mais leves. Por isso, o tempo de maturação é menor e ele acaba perdendo suas características quando demoramos a consumi-lo”, explica o sommelier André Gualberto.

Tecnicamente, Gualberto explica que faltam aos vinhos brancos tanino, uma substância essencial para que ele ganhe sabor com o envelhecimento. “Eles não têm estrutura química para evoluir na garrafa”, diz. E é assim com rótulos dos mais conhecidos, feitos de uvas como a chardonnay, riesling e cabernet sauvignon.

No topo do ranking dos campeões do consumo rápido, po­­rém, está o espumante prosecco. “Ele deve ser servido até dois anos após sua segunda fermentação”, diz Gualberto. É preciso estar atento à data de fa­­­bricação da bebida. Champa­nhes também não escapam à regra. “Neste caso, deve-se redobrar a atenção. Ela leva dois anos para fermentar, mas o recomendado é que se consuma em até cinco anos após a colheita da uva. Portanto, entre a produção e o fim do prazo ideal de consumo restam apenas três anos.”

Tintos jovens

Apesar de os brancos serem os principais vinhos a serem consumidos jovens, alguns tintos também têm essa característica. O sommelier André Gualberto explica que essa regra vale principalmente para os que apresentam características comuns aos brancos. Entre elas, corpo leve e aroma frutado ou que remeta a vegetais frescos. “Observar a coloração também pode indicar se ele deve ser consumido jovem ou não. Os vinhos de cor rubi escura são assim. Devem ser degustados, preferencialmente, até seu segundo ano de fabricação.”

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