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Cafés de Minas e do Espírito Santo são eleitos os melhores do Brasil
Conhecida como a “terra da cachaça”, Minas Gerais provou que também não desaponta quando o assunto é café. É por isso que durante a 6ª Semana Internacional do Café (SIC), que aconteceu entre os dias 7 e 9 de novembro no Expominas, em Belo Horizonte, produtores mineiros, que vêm sendo constantemente premiados em concursos do setor, ficaram com boas classificações em mais uma edição da “Coffee of the Year 2018”. A premiação elegeu o melhor café nas categorias arábica (plantados em lavouras de alta altitude) e canéfora (baixa altitude).
Após uma seleção criteriosa de 180 amostras classificadas no concurso, Afonso Lacerda, produtor do Café Forquilha do Rio, da região do Caparaó, em MG, foi o campeão na categoria arábica enquanto Luis Cláudio Souza do café Grão de Ouro do Sul, do Espírito Santo, conquistou o pódio na categoria canéfora/conilon.
“A produção da família anualmente na nossa propriedade chega a 750 sacas em um ano bom e 450 quando é ruim. A amostra que eu coloquei no concurso saiu de um microlote de 100 sacas e eu caprichei, cuidei da melhor forma possível para manter a qualidade”, contou Luis após ganhar o prêmio.
Já na categoria canéfora, a medalha de ouro não foi pra Minas Gerais, ao contrário do ano passado. “O concurso é um incentivo para que a gente produza o café com qualidade e o canéfora também produz um café tão bom quanto o arábica e precisa ser valorizado”, disse o campeão Luis Cláudio Souza, do café Grão de Ouro, do sul do Espírito Santo.
Das 14 regiões com mais cafés classificados nessa edição do concurso, Matas de Minas e Cerrado Mineiro foram as que mais tiveram avaliação na categoria arábica enquanto a canéfora as regiões mais classificadas foram Montanhas do Espírito Santo e Rondônia. Os cafés arábicos conquistaram pontuação acima de 84,10 pontos e os canéforas acima de 78.
Minas Gerais é o principal Estado produtor e exportador de café do Brasil, com a maior parte da produção do país. A premiação só fortalece esse rótulo. “O evento veio para consolidar e mostrar para os visitantes que o Estado tem a maior produção de café do Brasil e é por isso que a semana internacional precisa ser aqui. A maioria dos competidores e visitantes nunca tinham vindo ao Brasil e isso facilita o reconhecimento do País como um produtor de café de qualidade”, disse Priscilla Lins, gerente de agronegócios do Sebrae Minas que está na organização da Semana Internacional do Café.
Durante os três dias, o evento recebeu competições inéditas: os mundiais de barista World Coffee in Good Spirits Championship (drinques alcoólicos com café) e World Latte Art Championship (desenho no café com leite), World Brewers Cup (preparo de café) e World Cup Tasters Championship (prova de café) organizados pela World Coffee Events e com o National Body da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).
Ao todo, a SIC recebeu mais de 25 mil visitantes e reuniu mais de 160 expositores. Vale lembrar que o evento é o quinto maior do mundo no setor.