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Chá mais antigo do mundo é achado em tumba na China
Arqueólogos encontraram vestígios de folhas de chá na tumba do imperador chinês Jing Di, da dinastia Han, morto em 141 a.C. As folhas teriam portanto cerca de 2150 anos. É a primeira vez que restos tão antigos foram encontrados.
A descoberta, feita pela Academia Chinesa de Ciências, revela que a paixão pelo chá era tão difundida na China que as folhas eram sepultadas junto com os corpos. A crença era que eles pudessem apreciar a bebida também na vida além da morte. O chá do imperador era de primeira qualidade pois, segundo os pesquisadores, formado apenas por brotos, que rendem uma bebida de qualidade superior que as folhas.
Os pesquisadores examinaram minúsculos cristais por meio da espectrometria de massa e confirmaram que realmente se tratava de restos de chá. Os brotos estavam numa caixa de madeira entre muitos outros pertences do imperador como armas, estátuas de cerâmicas, charretes em tamanho real e até cavalos. Os arqueólogos acharam também restos de painço, arroz e plantas.
A tumba, que fica perto da antiga capital do império Chang’na (atual Xian, na região central da China), é aberta para visitação. Embora o sítio tenha sido escavado na década de 1990, somente agora foram encontrados os traços orgânicos que permitiram identificar as folhas de chá.
“A descoberta mostra como a ciência moderna pode revelar detalhes importantes antes desconhecidos sobre a antiga cultura chinesa. A identificação do chá na tumba do imperador nos fornece raras informações sobre uma tradição muito antiga e esclarece a origem de uma das bebidas preferidas no mundo”, disse Dorian Fuller, professor e diretor do Centro Internacional de Herança Chinesa e Arqueologia, de Londres, ao jornal britânico The Independent.