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O que têm em comum as culinárias peruana e polonesa? Se você respondeu “nada” provavelmente nunca tenha pisado no Café Junto. No coração do bairro Batel, o simpático espaço – comandado pelas amigas Sara Llona, nascida no Peru, e Beata Szablowska, da Polônia, reúne não só estas duas culturas, mas também um toque cosmopolita, ao abrigar em seu cardápio pinceladas da gastronomia de outros países.

O Café Junto, que está mais para bistrô, foi aberto há seis meses. A história começou da vontade que ambas – cada uma na sua – tinham de montar seu próprio negócio. Acabou que um dia elas se conheceram e, meses depois, resolveram investir na ideia. “A Beata me ligou e perguntou: ‘Sara, quer montar um café comigo?’ E eu disse: ‘quero’.” Dessa união nasceu o Café Junto, cujo nome veio da noção de juntar mesmo, em todos os sentidos. “São culturas diferentes juntas, em um local que fica junto de uma loja de decoração (o bistrô divide espaço com a Legno) e onde pessoas de todos os lugares se reúnem”, diz Sara.

Da sócia peruana veio a formação em Turismo no seu país, a experiência adquirida em cursos de culinária na Áustria e na mais tradicional escola francesa de gastronomia, Le Cordon Bleu. Já a sócia polonesa, Beata, contribuiu com os dotes desenvolvidos em casa. “Na Polônia as mulheres não precisam de curso para cozinhar. As mães ensinam as filhas, assim como suas mães as ensinaram. É tudo muito natural”, diz ela, que também é professora de Polonês.

O resultado dessa conexão Peru-Polônia é evidenciado no menu, em que pierogis dividem, harmoniosamente, espaço com ceviches. “Temos um cardápio fixo, que inclui café da manhã e lanches típicos dos dois países. Para o almoço não há um menu pré-determinado, já que a definição depende do clima e dos ingredientes que encontramos”, explica. A única certeza que se tem é a de que nas segundas, quartas e sextas-feiras o prato é polonês, enquanto nas terças e quintas-feiras a opção é peruana. No sábado, depende de quem está na cozinha.

O que não está no menu é a capacidade que o número 333 da Rua Dom Pedro II, no Batel, tem de atrair estrangeiros. Enquanto o Bom Gourmet visitava o local, uma argentina, Gabriela Mendonça, e uma espanhola, Zaira Villar, dividiam a cozinha com Beata, que aproveita a sua experiência como professora para dar aulas de culinária. O preço de cada “oficina” é de R$ 50 por pessoa, com direito a fazer e depois degustar o que foi elaborado. “Além da comida, o que me atraiu foi o lugar, que é bem agradável”, diz a argentina, em bom espanhol, mas que poderia falar em outro idioma, já que, além de português e de suas línguas maternas, Sara e Beata são capazes de atender em alemão e em francês com a mesma desenvoltura com que conversam entre si, em inglês.

“Não sei por que, mas parece que eles (os estrangeiros) são atraídos para o café. Talvez seja por que aqui são compreendidos e encontram pessoas que também são de fora”, diz Sara, que nestes seis meses já coleciona boas histórias de gente que passou pelo bistrô. O Café “Runto”, como ela diz em espanhol, ou Café “Xunto”, no simpático sotaque de Beata.

Serviço:

Café Junto. Rua Dom Pedro II, 333, Batel, (41) 3076-3380. Aberto de segunda à sexta, das 9 às 19 horas, e aos sábados das 9 às 17 horas. A casa tem capacidade para 26 pessoas e aceita reservas para festas e reuniões especiais (o preço do aluguel do espaço custa R$ 180 e a limpeza R$ 60). O pagamento pode ser feito com dinheiro, cheque ou Visa débito.

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