Bebidas
Empresária aposta na Serra Catarinense
A Serra catarinense encanta Daniela Borges de Freitas. Natural de Criciúma, no sul de Santa Catarina, a poucos quilômetros dos pés da Serra do Rio do Rastro, a empresária rendeu-se às particularidades do refúgio que encanta turistas e moradores do Estado vizinho. A diferença é que Daniela escolheu a região para desenhar o próprio futuro. A sintonia entre ela e a região evidencia-se em poucos minutos de caminhada em meio ao parreiral da vinícola Villa Francioni, em São Joaquim, presidida por ela. É notável que é ali o lugar aonde Daniela se sente bem.
Aos 50 anos, a terceira de quatro filhos do empresário Dilor de Freitas mora com o filho em São Paulo, onde faz reuniões de negócios e apoia a administração das outras empresas em que a família tem participação, como a cerâmica Cecrisa e a fábrica de insumos agrícolas Florestal, ambas em Criciúma. Os irmãos João Paulo, Adriana e André também ajudam na administração das outras empresas.
Mesmo morando na cidade mais populosa do Brasil, é no topo da Serra catarinense que Daniela prefere estar. A cada 15 dias, a empresária viaja rumo a São Joaquim. Passa o fim de semana ao lado da família, na casa do alto do morro, bem ao lado da vinícola criada pelo pai. Nas horas livres, aproveita o que a região tem de melhor. A cada ida a Santa Catarina, a primeira parada é em Criciúma, a base da família Freitas no Estado. De lá, ela segue pelas sinuosas curvas da Serra do Rio do Rastro até chegar à vinícola.
Formada em Direito pela Mackenzie, em São Paulo, Daniela morou também em Porto Alegre e Florianópolis para trabalhar e especializar-se. Como assumiu a presidência da vinícola em 2008, por uma escolha da família, passou a dedicar-se ainda mais aos vinhos. Formada em um curso inglês de degustação, faz questão de caminhar pelos parreirais toda vez que vai a São Joaquim. Do plantio à colheita, ela está lá.
A Villa Francioni tem produção anual de 150 mil garrafas anuais, com 27 rótulos diferentes. O último, ainda em fase de testes, levará o nome de Dilor, uma homenagem ao patriarca da família Freitas.
Daniela orgulha-se das conquistas da empresa. Reconhecida por prêmios nacionais, a vinícola também caiu na graça da cantora Madonna, em 2009, quando a pop star provou do vinho Rosé da Villa Francioni no restaurante Fasano. Elogiado por Madonna, o vinho passou a ser um dos destaques da vinícola.
“Nosso distribuidor coloca vinho da Madonna no pedido”, sorri a empresária ao se lembrar. A devoção de Daniela e da família pela Serra tem ligação direta com os benefícios da região para a produção de vinhos. “Temos realmente uma região especial para produção de vinhos de alta qualidade, principalmente em função da altitude”, orgulha-se a herdeira.
Dilor de Freitas, o patriarca
Inegavelmente a marca empreendedora da família Freitas está arraigada em Santa Catarina. Do Sul – onde o patriarca Dilor de Freitas fundou a Cecrisa, uma das principais empresas de cerâmica do país – à Serra, sede da vinícola de vinhos finos deixada para os quatro filhos, espalharam-se as apostas na força do Estado. A última delas ocorreu seis anos antes de Dilor partir. Acompanhado dos filhos, saiu de Criciúma e subiu as sinuosas curvas da Serra do Rio do Rastro até os campos de São Joaquim.
Inegavelmente a marca empreendedora da família Freitas está arraigada em Santa Catarina. Do Sul – onde o patriarca Dilor de Freitas fundou a Cecrisa, uma das principais empresas de cerâmica do país – à Serra, sede da vinícola de vinhos finos deixada para os quatro filhos, espalharam-se as apostas na força do Estado. A última delas ocorreu seis anos antes de Dilor partir. Acompanhado dos filhos, saiu de Criciúma e subiu as sinuosas curvas da Serra do Rio do Rastro até os campos de São Joaquim.
“Meu pai pensava em comprar uma fazenda para desfrutar com a família e amigos. Com o espírito irrequieto e empreendedor, ele começou a pesquisar o que poderia fazer”, descreve a filha Daniela.
Dilor morreu quatro meses antes de serem comercializados os primeiros vinhos da vinícola Villa Francioni, idealizada em cada detalhe e construída por ele na Serra, em São Joaquim. Cada porta, lustre, mesa e cadeira foram compradas pelo empresário em viagens pelo mundo.