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Veja as comidas que as seleções levaram para a Rússia
Importante componente para o bom desempenho nos gramados, a alimentação dos jogadores na Copa do Mundo é coisa séria. Tanto que as seleções sempre viajam para os mundiais com um chef de cozinha e perto de uma tonelada de mantimentos na bagagem para garantir que os jogadores não sintam diferença da comida servida durante o período de competição.
Os grupos do Uruguai e Argentina viajaram para a Rússia com um carregamento de erva-mate (uruguaios levaram 180 quilos e argentinos 200 quilos) e doce de leite (30 quilos para os uruguaios e 50 quilos para os argentinos). Tudo para garantir que o hábito de “matear”, tradição dos nossos vizinhos, não seja prejudicado.
Segundo informações do jornal uruguaio “Referí”, a seleção celeste teve que buscar uma autorização especial para entrar com a quantidade de doce de leite na concentração em Nizhny Novgorod.
“Nos exigiram um certificado especial para poder entrar e quero destacar os esforços da Conaprole e do Ministério da Pecuária, que agiram rapidamente para trazê-lo”, disse o diretor esportivo da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Eduardo Belza.
Uruguai e Argentina disputam o título de criadores do doce de leite. Nos demais países da América Latina, inclusive no Brasil, também existe a tradição de consumir o doce feito basicamente de açúcar e leite cozido em fogo baixo.
O assunto é tão sério que os representantes do Mercosul assinaram um regulamento, em 1996, que estipula critérios para a fabricação do verdadeiro doce de leite. O texto diz que o produto deve ser feito apenas de leite e açúcar em proporção máxima de 3 kg a cada dez litros de leite.
Além disso, o documento estipula, entre outras características, subdivisões do doce de leite. Com ou sem frutas secas, misturado ou não a chocolate e outros preparos.
Feijão preto russo
Já a seleção brasileira levou na bagagem apenas feijão carioquinha e farinha de mandioca, 130 quilos de cada. Em entrevista ao UOL, o chef de cozinha da seleção canarinho, Jaime Maciel, que trabalha há 23 anos com o grupo, afirmou que, após testes de qualidade, encontrou o feijão preto ideal na Rússia e por isso não precisaria levar o grão na bagagem. O feijão com arroz, símbolo de tradição da cozinha brasileira, está garantido.
A quantidade de comida levada pelos brasileiros (260 kg) é considerada baixa para as seleções, já que a média é cerca de uma tonelada de mantimentos.
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