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Com a chegada do verão e a proximidade das festas de fim de ano, um tipo de vinho ganha um significado especial. O espumante tem como principais características o frescor e a alegria e tem tudo a ver com essa época. Chamar qualquer tipo de vinho espumante de champanhe, no entanto, está errado.

Champanhe é o nome que se dá apenas aos vinhos espumantes produzidos na região de Champagne, na França, por meio do método champenoise, em que o término da fermentação, após a primeira etapa executada nos tanques de inox, acontece já na garrafa. Para a produção do champanhe usa-se apenas uvas das qualidades pinot noir, pinot meunier (tintas) e chardonnay (branca).

Outros países ou regiões também têm nomes próprios para seus vinhos espumantes. Na Espanha, o nome é cava. Na Itália, há o prosceco, da região de Vêneto, e o asti-espumante e o moscato, ambos da região de Piemonte e com métodos particulares de produção que utilizam a uva moscat branca, típica da localidade.

Nem sempre o espumante com “pedigree” é o melhor. A preferência por um ou outro também depende do gosto pessoal. “Nesse aspecto, os espumantes brasileiros, ao contrário dos champanhes, apresentam mais frescor e jovialidade, em notas cítricas e frutadas que garantem o prazer nos dias quentes do ano. Nossos espumantes são refrescantes, alegres, divertidos e não custam caro e, em termos de produção de vinhos, são o que temos de melhor”, afirma o sommelier Edmundo Jinkings Júnior.

Diferenças

Os vinhos frisantes se diferem dos espumantes pela quantidade de gás carbônico (entre 1 e 2 atmosferas, medida que significa que a pressão no interior da garrafa é duas vezes maior que a de fora) e também pelo teor alcoólico. “O frisante tem menos gás carbônico que o espumante (entre 4 e 6 atmosferas) e tende a ter um teor alcoólico entre 7% e 7,5%, enquanto os espumantes, incluindo os champanhes, têm entre 10% e 13%”, explica a enóloga Sandra Zottis.

Um dos frisantes mais conhecidos e disponíveis no mercado brasileiro é o lambrusco, que recebe o mesmo nome da uva com que é fabricado na região de Emiglia-Romagna, na Itália. “Tanto espumantes quanto frisantes podem ser compostos por cortes (misturas de diferentes uvas) ou serem varietais, com predominância de uma variedade”, diz Jinkings Júnior.

Açúcar

Os espumantes e frisantes se classificam ainda pela quantidade de açúcar. Além do método de produção e de uma eventual denominação regional, esta informação também deve ser observada no rótulo da bebida. A classificação é em ordem crescente. Extra-brut e brut são os mais amargos, seguido dos extra dry e dry, um pouco mais doces que os anteriores. Podem ser usados como aperitivos ou ainda como acompanhamento para entradas e saladas. Demi-sec e doux (ou amabile) são os mais doces e indicados para o fim da refeição, acompanhando sobremesas (principalmente aquelas à base de frutas).

Bolinhas

Além das informações do rótulo é possível identificar um frisante, um espumante ou um champanhe pela aparência. O frisante tende a ter menos borbulhas que o espumante, devido à menor quantidade de gás carbônico. Já o champanhe se difere do espumante pela coloração mais intensa, amarelo-ouro.

Como servir

“Os espumantes e frisantes devem ser servidos gelados sempre”, explica o enólogo Tiago Dal Pizzol. Os espumantes, entre 6 e 8 graus. “Os demi-sec e doux podem ser gelados um pouco mais, em torno de 4 graus”, completa a enóloga Sandra Zottis. Segundo os profissionais, a forma ideal de gelar é colocar a garrafa em um balde com bastante gelo por aproximadamente 40 minutos. Se for na geladeira, pode ser deixado por três horas. “Evite colocar no freezer porque a rolha pode congelar e se você, por um acaso, esquecer a garrafa lá, ela vai estourar e causar um grande estrago”, diz Sandra.

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