Mercado e Setor
Em novo decreto, governo do Paraná não fecha restaurantes e empresários ficam indignados
No decreto 4.317 publicado neste sábado (21), o governo do Paraná determinou a suspensão de todas as atividades não essenciais no estado, durante o período determinado de quarentena por conta da pandemia de coronavírus.
Entretanto, na contramão de decisões como as do governo de São Paulo, que fechou bares,cafés e restaurantes por 15 dias, ou da prefeitura de Porto Alegre, que liberou apenas delivery (entrega em casa) e balcão por 30 dias; o executivo paranaense manteve o funcionamento desses estabelecimentos.
A decisão não agradou empresários do setor. Uma medida mais efetiva, que decrete o fechamento dos restaurantes é aguardada por eles desde a última semana. Muitos, inclusive, já interromperam atividades pensando na urgência sanitária e proteção dos clientes e colaboradores. Na manhã de sábado (21), a lista passava de 100 restaurantes fechados.
Durante os últimos dias empresários da gastronomia paranaense e chefs de cozinha se mobilizaram e gravaram vídeos para tentar sensibilizar o governo do Estado no sentido de apresentar medidas para salvar os empreendimentos da falência, evitando demissões.
Empresários querem funcionar apenas para delivery
Os empresários são praticamente unânimes em pedir para que se determine o funcionamento exclusivo em delivery. “Para ficarmos abertos e funcionando teríamos de fazer uma campanha ‘saiam de casa’?”, questionou Délio Canabrava, da Cantina do Délio e CanaBenta.
Com o fechamento determinado por decreto, os empresários
consideram que teriam suporte jurídico para negociar aluguéis, impostos e dívidas
com fornecedores privados e de serviços públicos – o que não ocorreu até agora.
consideram que teriam suporte jurídico para negociar aluguéis, impostos e dívidas
com fornecedores privados e de serviços públicos – o que não ocorreu até agora.
“O segundo ponto é a questão econômica. Abrir um salão de
restaurante custa caro. Se não há clientes, porque também eles têm
responsabilidade com a comunidade e com sua saúde, custa mais caro ficar aberto
que ficar fechado. Na última quinta-feira atendemos quatro pessoas com 21
funcionários, luz, água, produtos frescos etc”, avalia Nelson Gourlart, do restaurante
Ibérico e também novo presidente eleito da Abrasel-PR.
restaurante custa caro. Se não há clientes, porque também eles têm
responsabilidade com a comunidade e com sua saúde, custa mais caro ficar aberto
que ficar fechado. Na última quinta-feira atendemos quatro pessoas com 21
funcionários, luz, água, produtos frescos etc”, avalia Nelson Gourlart, do restaurante
Ibérico e também novo presidente eleito da Abrasel-PR.
O governo do Estado afirma que está avaliando o cenário de
forma constante, mas que por enquanto a recomendação é que os restaurantes podem
permanecer abertos respeitando as orientações de higiene e de distância mínima
entre mesas e pessoas.
forma constante, mas que por enquanto a recomendação é que os restaurantes podem
permanecer abertos respeitando as orientações de higiene e de distância mínima
entre mesas e pessoas.